Em 9 de setembro de 2011, nos deparávamos com este cenário em Brusque, mostrado na galeria abaixo. Nosso município então amanheceu submerso naquela sexta-feira, com o nível do Itajaí Mirim acima dos 10 metros. Comércio, ruas, empresas, nada escapou da fúria das águas do rio, que de forma descontrolada, atingiu grande parte de nossa cidade.

Apesar de todas as obras realizadas pelo poder público municipal ao longo dos últimos anos, a fim de minimizar os efeitos das cheias, Brusque não está livre das enchentes. Vale então, observar alguns pontos fundamentais: no passado, já choveu bem mais, só que havia espaço para a água ser absorvida. Nos tempos atuais, o solo não tem essa capacidade de absorver rapidamente uma chuva de alta intensidade. Está mais impermeabilizado, ou seja, mais cimento, asfalto além dos inúmeros aterros que nosso município recebeu nas últimas três décadas depositados próximos ao rio, e assim por diante, mais construções, casas construídas em áreas de risco, encostas e morros. […] Então, aquela água que deveria infiltrar, ela está de certa maneira, sendo impedida de ser absorvida pela terra.

“O homem constrói o canal extravasor e por outro lado, destrói inúmeros outros, construídos ao longo dos anos pela própria natureza. Os aterros são um belo exemplo”. Cabe uma reflexão portanto!