Brusque quebra próprios recordes de público na Série D e segue crescendo
Em 2019, quadricolor teve aumento de 129,1% de sua média de público; reflexos de crescimento são vistos por comércio e elenco
Em 2019, quadricolor teve aumento de 129,1% de sua média de público; reflexos de crescimento são vistos por comércio e elenco
Hoje com o status de clube da Série C do Campeonato Brasileiro, o Brusque vive o melhor momento de sua história a nível nacional, e o período significa crescimento de público dentro e fora do Augusto Bauer, além da venda de camisas, aumento de receitas e novas perspectivas. A média de público no Augusto Bauer nesta Série D é de 2.633 torcedores presentes, muito maior do que qualquer outra participação recente na competição.
Este crescimento recente do Brusque se reflete mesmo dentro do estádio Augusto Bauer, com um torcedor mais confiante. Participando da Série D por quatro vezes consecutivas desde 2016, o quadricolor disputou apenas quatro partidas em casa nas três oportunidades anteriores: passou da fase de grupos no segundo lugar em 2016, 2017 e 2018, e caiu na fase seguinte. Outras participações se deram em 2009 e 2011.
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Então, levando em consideração os quatro primeiros jogos em casa, a média de público do Brusque cresceu 129,1% de 2018 para 2019. Algo comum nos anos anteriores era o público abaixo de um mil torcedores registrados nos borderôs. Em 2019, o menor público foi o da estreia, contra o Boavista (RJ): 1.166 torcedores.
Jefferson Renan, um dos principais jogadores do Brusque, está no clube desde 2017 e percebe a mudança na relação entre o município e o quadricolor. Na opinião do ponta-direita, a campanha na Série D tornou o torcedor mais próximo e mais fiel.
“São 32 anos de história e pudemos dar acesso a um clube que tinha uma torcida que pouco vinha a campo. A gente olhava para as redes sociais e ficava procurando o nome do Brusque. Hoje em dia, qualquer site fala, que o Brusque é Série C, que o Brusque faz campanha irretocável, e eu me sinto orgulhoso por isso”, comenta.
O atleta também destaca que poucos apostariam no Brusque como uma equipe que conquistaria o acesso ou que disputaria um título.
“Levando em conta o período desde que cheguei, é algo de agora [o crescimento]. Quando começamos a Série D, e pela campanha no Catarinense, acho que ninguém acreditava. Eu até brinco com os meninos, que ninguém acreditava na nossa equipe, só nós mesmos, pelo grupo que se juntou. São 68 clubes, mas dois permaneceram. Somos honrados”, completa.
Proprietário da Gevaerd Calçados, o empresário Marcelo Gevaerd relata que já não há mais camisetas disponíveis em estoque, praticamente quando o clube já vivia a expectativa pelo jogo do acesso com a Juazeirense (BA). “Perdemos de vender ainda mais. Se houvesse mais algumas 200 camisas, já teriam sido vendidas agora.”
Ele lembra que as camisetas são do primeiro e único uniforme produzido pela Umbro para o Brusque, lançado em dezembro de 2017. Isto limitou as vendas, com a oferta ficando abaixo da procura. A ausência de camisetas infantis da Umbro disponíveis para venda virou motivo de reclamação por parte de alguns torcedores, e poderia ter gerado ainda mais vendas caso tivessem sido produzidas.
“A cidade valorizou bastante o Brusque. A torcida quer o título, claro, mas entende que mesmo o vice-campeonato é uma grande conquista. Ninguém esperava talvez chegar às quartas de final. Já estamos aguardando uniformes novos depois desta Série D, esperando que estejam disponíveis em maior quantidade”, completa.
As 828 camisetas do Brusque cedidas pela Havan para que o clube pudesse vendê-las e gerar receita deram resultado. De acordo com o gerente de Comunicação e Marketing do clube, Sandro Ortiz, restam cerca de 100 camisetas, incluindo as que possuem o patch comemorativo de acesso à Série C.
Ele explica que o interesse do torcedor e do público geral pelo clube passou a aumentar depois da segunda fase. O Brusque jamais havia se classificado às oitavas de final e conseguiu o feito, eliminando o Hercílio Luz. Dentro de campo, o time conquistava grandes feitos, e fora ele, o torcedor reduzia os estoques de produtos do clube.
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“São diversos fatores para este crescimento. Claro que o clube cresceu muito em função do resultados dentro de campo, e estamos buscando explorar este momento, com estas ações como a Bruscão Fest, como os aquecimentos feitos para as partidas, trazendo o torcedor para mais perto, além das parcerias para produtos licenciados”, comenta.
Desde o início do ano, as redes sociais do clube também cresceram, e novos canais de comunicação surgiram e passaram a atrair parte do público, como a TV Bruscão. No Instagram, a quantidade de seguidores pulou de cerca de sete mil para 13 mil. Na página do Facebook, o pulo foi de cerca de 19 mil curtidas para 25 mil.