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Sol por entre nuvens nesta terça-feira em Brusque/Arquivo: Ciro Groh

Calor sem trégua em Brusque nesta segunda quinzena de janeiro. O município atingiu na segunda-feira, 24, seu décimo dia seguido registrando picos acima de 33ºC no período da tarde.

Nem as madrugadas estão sendo poupadas do desconforto gerado pelo forte abafamento. As mínimas do período têm oscilado marcas entre 21 e 25ºC.

Mas, diante deste atual cenário, como Brusque está posicionado no âmbito estadual frente a esta onda de calor que atinge grande parte do Sul do Brasil?

Segundo levantamento feito pelo Blog do Ciro Groh, a cidade brusquense vem sendo poupada do calor mais forte, isso, em comparação com outras regiões catarinenses.

Para ilustrar de uma forma mais objetiva esta situação, vamos trazer como exemplo algumas áreas do estado que vêm sofrendo os impactos diretos da onda de calor.

No Oeste, os picos máximos têm superado com frequência os 40ºC, com índices batendo os 43ºC, como observado nesta segunda quinzena de janeiro em Itapiranga e Caibi.

Nem mesmo a fria região serrana de SC está ficando de fora do calor acima do normal. Podemos citar São Joaquim, que tem assinalado constantes e anormais índices acima de 30ºC.

Até as amenas cidades do Alto Vale do Itajaí, como Vidal Ramos, Rio do Sul e Presidente Nereu, têm apresentando anomalias no quesito, temperaturas máximas.

Em contrapartida, Brusque teve até o momento, em 2022, apenas um pico de 37ºC, assinalado no bairro Rio Branco em 18/01. No mais, as máximas tiveram uma oscilação de 33 a 35ºC, diante de forte abafamento.

A explicação

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Tarde de terça-feira na presença do tempo seco em Brusque/Arquivo: Ciro Groh

Faltando 6 dias para o término do mês, Brusque está apresentando uma média de temperatura de 26,4ºC, que é considerada normal para janeiro. Vale observar que a média histórica no município é de 26,5ºC.

Mas então, por que os brusquenses não estão sendo castigados tão severamente pela onda de calor? A explicação está na posição geográfica de atuação da massa de ar quente.

Segundo Ronaldo Coutinho, da Climaterra, o sistema responsável por gerar temperaturas excepcionais está impactando de forma mais direta a parte continental do Cone Sul, pegando o Norte da Argentina passando no Sul do Brasil do centro ao oeste da região.

Conforme explica Coutinho, quanto mais próximo do litoral, menos calor. Sendo assim, Brusque, pela sua localização no Vale do Itajaí, está ficando de fora do raio de atuação severa da onda de calor.


Dados históricos de Brusque

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Mais uma foto mostrando a tarde calorenta desta terça-feira em Brusque/Arquivo: Ciro Groh

Para finalizar esta edição, vamos trazer as médias históricas de temperaturas de janeiro em Brusque desde 2012.

Os dados apresentados reforçam a explanação acima, de Ronaldo Coutinho, que sugere a atual situação de normalidade vinda dos termômetros na cidade brusquense.

*Janeiro
 Ano___Média Temp. (ºC)
2012_____27,2
2013_____25,2
2014_____28,1
2015_____27,6
2016_____26,1
2017_____27,1
2018_____25,7
2019_____28,1
2020_____26,1
2021_____23,9
2022_____26,4 *Valor parcial/mês

O que chama atenção no levantamento exposto acima é a significativa diferença de 2,5ºC entre os atuais 26,4ºC se comparado com os 23,9ºC de janeiro de 2021 em Brusque.

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