Uma gigantesca explosão atingiu a região portuária de Beirute nesta terça-feira, 4. A causa é ainda desconhecida e o número de mortos e feridos é indeterminado. Houve muitos estragos na capital do Líbano.

Imagens publicadas em redes sociais mostram uma grande coluna de fumaça sobre a cidade e uma enorme onda de choque pelo deslocamento do ar na explosão.

Governador de Beirute compara o desastre de hoje ao que aconteceu em Hiroshima e Nagasaki. Diz que não sabe como o país vai superar a tragédia. E chora.

Os vídeos mostram um cogumelo no momento da explosão e anéis no ar, como se vê em detonações nucleares.

A Metsul Meteorologia explica que, quando uma arma nuclear ou uma grande quantidade de explosivo convencional é detonada em ar suficientemente úmido, a onda de choque causa uma rarefação (redução da densidade) do ar ao redor da explosão. Forma-se o que se chama de nuvem Wilson.

Anéis em explosão em teste de bomba nuclear

Essa rarefação resulta em um resfriamento temporário dessa parcela do ar, o que causa uma condensação de parte do vapor de água nele contido. Quando a pressão e a temperatura retornam ao normal, a nuvem Wilson se dissipa.

Ainda de acordo com a Metsul, a forma da onda de choque é influenciada pela variação da velocidade do som, altitude, a temperatura e umidade de diferentes camadas atmosféricas. Anéis de condensação cerca de ou acima da bola de fogo são uma característica habitualmente observada, como se viu em Beirute.

Há relatos que as janelas no Chipre, a 250 quilômetros de distância, sacudiram com a explosão em Beirute.

Acompanhe abaixo, a sequência de explosões que sacudiram a Capital do Líbano:

Via Metsul Meteorologia
Via Metsul Meteorologia
Via Metsul Meteorologia