Com agenda cheia, Brusque avalia possibilidades para jogar a Copa Santa Catarina
Em momento completamente diferente, motivos para deixar competição de lado são opostos aos de 2012
Em momento completamente diferente, motivos para deixar competição de lado são opostos aos de 2012
De calendário cheio e com vaga na Copa do Brasil já garantida, o Brusque ainda avalia se participará da Copa Santa Catarina em 2020. A Diretoria de Competições Principais da Federação Catarinense de Futebol (FCF) confirmou que o torneio será realizado em dezembro. Com um calendário apertado por conta da pandemia de Covid-19 e das próprias conquistas recentes, os motivos para deixar a “Copinha” de lado são muito diferentes daqueles que deixaram o quadricolor de fora há oito anos.
A última edição sem participação brusquense foi a de 2012. Naquele ano, o Brusque havia sido rebaixado no Campeonato Catarinense e desistiu de participar da Copa SC, que dava vagas à Série D do Campeonato Brasileiro e à Copa do Brasil ao campeão. O motivo foi principalmente a falta de dinheiro. A diretoria chegou a participar do conselho técnico, mas depois considerou que não havia condições financeiras e oficializou a desistência em julho.
Os fatores que impediriam o clube de participar em 2020 são bem diferentes. Sendo um caminho para chegar à Copa do Brasil a partir de 2010, o Brusque garantiu as participações para as edições de 2011, 2019 e 2020 desta forma, sendo campeão da Copa Santa Catarina. Para a Copa do Brasil de 2021, o Brusque já garantiu a vaga, sendo finalista do Campeonato Catarinense. Portanto, o grande atrativo do torneio estadual perdeu relevância na temporada.
Além disso, com a parada por conta da pandemia, o calendário ficou mais apertado. A Série C, por exemplo, só terá a primeira fase concluída em dezembro, e não mais em setembro, como se esperava. E o próprio time tem “complicado” sua agenda, chegando longe nas competições que disputa: está na final do Campeonato Catarinense e na quarta fase da Copa do Brasil. Se chegar à segunda fase da Série C, terá partidas até janeiro.
A Copa SC não foi disputada em 2014, 2015 e 2016. Em 2017, o Brusque foi vice-campeão após final contra o Tubarão. Em 2018 e 2019, conquistou o troféu, tornando-se o maior campeão do torneio, com cinco títulos, um a mais do que o Joinville, segundo colocado no quesito.
Com três competições em andamento ao mesmo tempo, a diretoria ainda não parou para discutir a questão. O diretor de futebol do clube, André Rezini, reconhece que o grande atrativo da Copa SC é a vaga, afirma que será feita uma avaliação criteriosa sobre o assunto e relata que a competição também traz consigo suas despesas.
“Dependendo do momento do Brusque, se precisar ajudar a federação, a competição, se o Brusque tiver disponibilidade de atletas, estaremos participando. Se entendermos que é positivo para o momento do clube. Só que hoje temos um calendário, disputando uma Série C que deve ir até o final de janeiro. Temos que pensar na questão física e na competitividade da Série C”, comenta.
O dirigente valoriza a Copa SC e afirma que, se o Brusque não estivesse no meio da Série C, estaria disputando a competição como esteve nos anos mais recentes, independente da vaga na Copa do Brasil já estar garantida. “Temos a preparação para o Catarinense do ano seguinte, temos avaliações de seis a oito atletas no período. Ela é importante para o Brusque, muito boa nesse sentido. Mas hoje é outro momento, com a vaga garantida e com a Série C do Brasileiro.”
Rezini também cogita a possibilidade de, caso o contexto financeiro permita na ocasião, utilizar equipes alternativas ou de reservas. O objetivo neste caso seria avaliar atletas para serem utilizados no time principal no ano seguinte.
O Brusque jogou oito finais de Copa Santa Catarina, conquistando o título em 1992, 2008, 2010, 2018 e 2019. Foi vice em 1990, 2011 e 2017.