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CVV de Brusque realizou mais de 9,5 mil atendimentos em um ano

Associação retomou atividades de apoio emocional e prevenção ao suicídio no município em janeiro de 2018

O Centro de Valorização da Vida (CVV) voltou a atuar em Brusque após anos de inatividade. A retomada teve início em janeiro de 2018 e, depois de um ano de trabalho, o posto de atendimento no município possui uma sala própria e pretende oferecer, além dos plantões telefônicos, atendimento pessoal para as pessoas que buscam os serviços de apoio emocional e prevenção de suicídio.

No Brasil, o serviço que já existe há 57 anos possui 105 pontos de atendimento, e as ligações para o número 188 podem ser atendidas por voluntários plantonistas em qualquer estado. Em Brusque, foram atendidas 9.571 ligações telefônicas – porém, como o processo é totalmente sigiloso, não é possível precisar a origem dos telefonemas.

Brusque ainda não conta com atendimento pessoal, mas, a partir de fevereiro ou março, o CVV pretende disponibilizar horários de plantões em que as pessoas que buscam o auxílio do Centro possam conversar pessoalmente com o voluntário que estiver no local. Por enquanto, o atendimento pelos integrantes da equipe no município é feito somente pelo telefone.

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Recentemente, a associação mudou de endereço, e atua agora em uma sala debaixo do novo prédio da Pizzaria Italianinha, na avenida Primeiro de Maio, número 14. A sala foi cedida pela Havan para que os voluntários tivessem uma sede onde fosse possível realizar os encontros, palestras, cursos e também o atendimento telefônico e pessoal.

No momento, são realizados plantões telefônicos pelos voluntários do CVV | Natália Huf

Avaliação
O voluntário Fernando Amauri Poli, que faz parte da equipe do CVV em Brusque desde a retomada das atividades, avalia que o primeiro ano do posto no município foi bastante proveitoso.

Segundo ele, além do número de atendimentos, que considera bom, foram alcançadas 231 pessoas em palestras, 854 em panfletagens, 111 através dos cursos e 97 em rodas de conversa organizadas pela associação.

A equipe, atualmente, é formada por 20 voluntários – 16 prestam atendimento e outros quatro colaboram com atividades de apoio -, número que Fernando considera pouco. Segundo ele, seriam necessárias no mínimo mais 30 pessoas para dar conta de toda a demanda no CVV. “Gostaria que tivesse mais gente”, pontua.

Para reunir mais voluntários, será realizado um novo programa de seleção em 24 de março. As inscrições podem ser realizadas até um dia antes do encontro, pelo telefone (47) 99175-9491 ou pelo e-mail brusque@cvv.org.br.

Apoio emocional
O CVV surgiu em São Paulo, em 1962, e é reconhecido como Utilidade Pública Federal desde 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo e anonimato.

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“A gente entende que conversar ajuda a aliviar as nossas dores”, afirma Fernando. Segundo ele, as pessoas buscam o CVV pelos mais diversos motivos: “Muitas vezes a pessoa não tem com quem falar, ou tem e não quer conversar determinados assuntos com aquela pessoa. Ter um lugar que possa buscar é de grande ajuda”.

Além dos atendimentos, o CVV desenvolve, em todo o país, outras atividades relacionadas a apoio emocional, com ações abertas à comunidade que estimulam o autoconhecimento e melhor convivência em grupo e consigo mesmo. A instituição também mantém o Hospital Francisca Julia, que atende pessoas com transtornos mentais e dependência química em São José dos Campos (SP).

Centro de Valorização da Vida
Telefone 188
Ligação gratuita
Atendimento 24 horas
Avenida Primeiro de Maio, 14 – Porão – Bairro Primeiro de Maio