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Depois de mais de 30 anos, brusquenses descobrem que são irmãos após a morte do pai

Naiane Nunes e Maicon dos Santos se conheceram pessoalmente no parque das Esculturas

Foi em um momento de tristeza que os brusquenses Naiane Nunes, 31 anos, e Maicon dos Santos, 35 anos, descobriram ter uma forte ligação. Mesmo nascendo e sendo criados na mesma cidade, eles só descobriram há poucos meses que são irmãos paternos.

O parentesco entre os dois foi descoberto logo após a morte do pai, Gilmar Luis dos Santos, o Giba, em setembro do ano passado. Maicon não teve contato com o pai e, durante o velório, ficou sabendo por amigos de que ele tinha uma outra filha, um pouco mais nova, que estava morando nos Estados Unidos.

“Foi um baque. Eu nunca imaginava”, diz Maicon. Ao saber da existência da irmã, ele decidiu entrar em contato com ela. Com a ajuda de amigos do pai, ele descobriu o nome da irmã e resolveu procurá-la nas redes sociais.

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“No dia seguinte ao enterro fui me informar sobre ela. Achei o Facebook e tinha uma postagem que indiretamente falava sobre a morte dele. Então tive certeza que era ela e mandei uma mensagem no privado. Fiquei com medo que ela não quisesse contato”, lembra.

Algumas horas depois, Naiane respondeu a mensagem de Maicon. Começava aí, mais de 30 anos depois, a história dos irmãos. “Eu fiquei em choque. Ainda estava abalada pela morte dele (pai), e logo depois descubro que tenho um irmão”, conta Naiane.

A partir daquele momento, os dois começaram a conversar e a montar juntos o quebra-cabeça desta história tão incomum. Ambos não tiveram contato com o pai por vários motivos e tinham muitas perguntas a serem respondidas.

“Nos falamos todos os dias e tentamos aproveitar o máximo para recuperar o tempo perdido”, destaca Maicon.

O encontro
Há sete anos Naiane mora em Chicago, nos Estados Unidos, por isso, o contato com Maicon sempre foi pela internet. O tão esperado encontro dos dois aconteceu só na sexta-feira, 18, em Brusque, cidade natal de ambos.

Naiane veio para a cidade para comemorar os 80 anos da avó e aproveitou para ver pessoalmente o irmão. “Eu preparei uma surpresa junto com a esposa dele. Ela disse que ele sempre leva a filha para brincar no parquinho do parque das Esculturas, então, na sexta-feira ele estava lá brincando com a filha e de repente eu apareci”, conta Naiane.

Maicon ficou muito emocionado. “Eu paralisei, foi aquela emoção. Não sabia o que fazer, como reagir. Só nos abraçamos”, lembra Maicon.

Desde então, os irmãos não se desgrudam. Todos os dias dão um jeito de se encontrar e criar laços definitivos. “A Naiane vai ficar pouco tempo no Brasil, então estamos tentando aproveitar ao máximo tudo aqui em Brusque”.

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Maicon, inclusive, já tem planos de visitar a irmã nos Estados Unidos. “Quero conhecer a vida dela lá. Hoje também a internet facilita muito. Estamos muito felizes”.

Naiane também é só alegria com o irmão. “Descobrimos que temos uma história semelhante, somos parecidos em muita coisa, não só na aparência”.

A brusquense diz que a história serviu para mostrar o que realmente é importante na vida. “A gente sabia que ele tinha essa tristeza no coração de não ter visto os filhos juntos, de não ter contato com a gente, mas tenho certeza que ele deve estar muito feliz com o nosso encontro. Só pode ser coisa de Deus. Precisou ele partir para que nós dois ficássemos juntos”.