Diretor-geral da FME explica primeiras iniciativas à frente do cargo; reparo na Arena está incluso

Delmar Tondolo assumiu o comando da fundação em novembro

Diretor-geral da FME explica primeiras iniciativas à frente do cargo; reparo na Arena está incluso

Delmar Tondolo assumiu o comando da fundação em novembro

Os problemas crônicos de goteiras na Arena Brusque podem terminar até maio, conforme estima o diretor-geral da Fundação Municipal de Esportes (FME), Delmar Tondolo. O processo de abertura de licitação para as obras de reparos foi iniciado e deve ser concluído em março. Trata-se de um dos principais problemas do ginásio e uma das prioridades a serem concluídas em curto prazo.

“Temos um problema crônico na Arena, a questão do telhado, que está prestes a ser resolvido. Já iniciamos o processo de licitação para colocação da manta. Esperamos que até abril, mais tardar maio, estejamos com a manta colocada”, reforça Tondolo.

Os vazamentos e goteiras no telhado são problema antigo da Arena. Foram feitas algumas intervenções ao longo dos últimos anos, sem solução definitiva. Até o uso para jogos e treinos foi dificultado em determinados momentos.

Um dos mais marcantes e recentes foi em 4 de fevereiro de 2022, em Abel Moda 3×2 Bluvolei, na primeira rodada da Superliga B. O jogo foi paralisado por conta da água na quadra pouco depois das 21h e só pôde ser retomado às 23h16. Em 2023, a rodada inicial do Campeonato Municipal de Futsal Feminino precisou ser adiada.

Transporte

Entre medidas a serem efetuadas em 2024 está a aquisição de uma van Sprinter, para uso exclusivo da FME. O objetivo é diminuir custo de transporte para a fundação e para as equipes nas competições ao longo do ano, por meio de programação prévia.

A maior parte dos recursos necessários é proveniente de uma emenda parlamentar do deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) no valor de R$ 300 mil. A Prefeitura de Brusque deverá aportar o restante necessário.

Uso da Arena Brusque

Uma das tarefas da gestão de Tondolo será regulamentar o uso da Arena Brusque. Para a realização de eventos e uso de dependências como salas, alojamentos e quadra, será necessário cumprir determinados requisitos em contrato, com pagamento de taxa. Até o momento, não havia regras do tipo

As taxas deverão ser encaminhadas ao Fundo Municipal de Esportes, que será oficializado com abertura de conta na Caixa Econômica Federal. O fundo deverá fomentar auxílio a modalidades, iniciação esportiva e aquisição de materiais.

Incentivo fiscal

A FME entregará projeto de lei à Prefeitura de Brusque, propondo incentivo fiscal municipal. A ideia é permitir a pessoas físicas e jurídicas que destinem fração de tributos como o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Gestão

Tondolo afirma que o principal desafio da FME é atender às demandas da comunidades esportiva com um orçamento estagnado em R$ 4,5 milhões, que é ultrapassado até mesmo pelos de municípios menores.

“Brusque perdeu muito nos últimos anos, principalmente na questão de dotação orçamentária. Hoje nós temos a mesma dotação orçamentária de 2010, praticamente sem correção. E isto nos defasou em relação a outros municípios. Hoje temos municípios menores, bem menores que Brusque com dotação orçamentária até maior. E isto impacta diretamente na parte administrativa do esporte da cidade”

“As modalidades cresceram, Jogos Abertos (Jasc), Joguinhos Abertos e Olesc cresceram em modalidades. Os eventos municipais também cresceram. E a conta não fecha, é o mesmo bolo com mais pessoas, e fatias cada vez menores. Fazer a equação de continuar realizando todos os eventos da melhor forma possível com o mesmo valor de orçamento é a complexidade que temos hoje. Estamos trabalhando em cima disso”, completa.

As principais competições, Jogos Comunitários e Municipal de Futebol Amador, serão mantidas nos mesmos moldes do ano passado. A FME tenta fechar acordo de patrocínio para os Comunitários.

Bolsa-atleta e bolsa-técnico

O Programa Arthur Schlösser, que concede bolsa-atleta e bolsa-técnico a nível municipal, tem R$ 2 milhões previstos do orçamento de R$ 4,5 milhões. O edital de 2024, o primeiro da nova lei, foi publicado na segunda-feira, 5.

Delmar Tondolo participou de algumas reuniões enquanto era administrativo financeiro, mas não estava diretamente ligado à elaboração do projeto de lei. Quando assumiu o cargo de diretor-geral, o texto estava praticamente pronto.

“A nova lei está muito bem preparada, com critérios definidos e diferentes categorias. acho que este é o maior ganho”, avalia.

Contudo, o diretor-geral gostaria que algumas nomenclaturas das categorias fossem mais claras. Em sua visão, também seria possível estabelecer uma idade máxima para receber a bolsa, ou estabelecer critérios específicos a partir de idades mais avançadas.

Se o valor previsto no edital não for totalmente utilizado, um novo poderá ser lançado posteriormente. se sobrar, pode ser lançado um novo edital com mais bolsas.

“Vamos trabalhar com certeza de terminar o ano e pagar, e com pé no chão. Se abrirmos o edital e pagarmos o limite dos R$ 2 milhões, vamos continuar assim. A depender da arrecadação, podemos receber um novo aporte da prefeitura no decorrer do ano, e a nova lei nos permite abrir novos editais caso tenhamos necessidade e recursos para atendê-los.”

Embora tenha recebido aprovação geral de várias das equipes esportivas de Brusque, a lei teve alguns com questionamentos da comunidade desportiva. Um exemplo é a exigência de que o desempenho analisado no processo seletivo do edital seja o do ano anterior. Na prática, isto pode impedir que atletas que perderam o ano por lesão, por exemplo, recebam a bolsa. Ou que, por exemplo, um atleta com vasto currículo precise receber menos porque teve resultados menos expressivos no período a que a lei e o edital se referem.

“Bolsa-atleta em outros níveis, estadual são a mesma coisa. Entendo, e acho que poderíamos ter um critério a respeito disso. A tendência do municipal é seguir as tendências das instâncias superiores. No meu entender particular, como Delmar, e como técnico esportivo que fui, dói. Mas é o critério criado”, comenta.

A exceção é quando competições do calendário são canceladas, a exemplo dos Jasc, que foram cancelados em 2023. “Aí se considera os de 2022. Mas é possível utilizar resultados dos campeonatos estaduais também. Ou se teve um bom resultado nacional, utilizar o resultado nacional.”


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