Empresária de Brusque, Rita Conti avalia período em que ocupou a presidência interina da Facisc
Ela se tornou a primeira mulher da história a exercer o cargo de presidente da Federação
Ela se tornou a primeira mulher da história a exercer o cargo de presidente da Federação
Após quase 30 dias, a empresária de Brusque, Rita Cassia Conti, deixou a presidência interina da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc). Atual vice-presidente, ela permaneceu à frente da entidade no mês de agosto, durante a licença do empresário Elson Otto.
Foi um período intenso, com diversas reuniões com secretários de Estado, além do atendimento às demandas das 149 Associações Empresariais que integram a Federação.
“Foi uma experiência enriquecedora e de muito aprendizado. A Facisc tem uma excelente organização e uma equipe bastante competente. Por isso, me senti tranquila em assumir a função”, avalia.
Rita se tornou a primeira mulher a ocupar a presidência da Facisc, ainda que interinamente. É a terceira vez que a empresária assume este protagonismo, já que foi a primeira mulher eleita presidente da Associação Empresarial de Brusque, Guabiruba e Botuverá (Acibr) e a primeira mulher convidada a fazer parte da mesa diretora da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).
“Fui muito bem acolhida. Como já tenho uma caminhada junto com a Fiesc, já conhecia algumas lideranças e sinto esse respeito pela minha história. Fiquei muito feliz em ser a primeira mulher a ocupar essa posição”, diz.
Um dos primeiros compromissos da empresária de Brusque como presidente interina da Facisc foi a presença na solenidade de inauguração do Contorno Viário da Grande Florianópolis, no dia 9 de agosto.
A obra, que levou 12 anos para ser concluída, tem 50 quilômetros de extensão, entre Biguaçu e Palhoça, e visa dar vazão ao trânsito da BR-101 no trecho.
“É uma obra paga com os nossos impostos. Fiz questão de estar presente por reconhecer a importância do projeto para Santa Catarina. O nosso povo é merecedor”, frisa.
Rita destaca que a infraestrutura e a segurança pública são as principais demandas das ACIs de todo o estado.
Durante o período em que esteve à frente da Federação, a empresária teve a oportunidade de se reunir com o novo secretário de Estado de Portos e Aeroportos, Ivan Amaral. O encontro também contou com a presença do ex-secretário da pasta e atual senador, Beto Martins.
“Estamos com as portas abertas também em Brasília. Inclusive, o presidente Elson já retornou e foi visitar nossos senadores para apresentar as demandas discutidas nessa reunião. O senador Beto deve focar na infraestrutura, principalmente nas rodovias federais que precisam de muitas melhorias em Santa Catarina”, explica.
Rita também acompanhou uma reunião com o secretário de Estado da Segurança Pública, Flávio Graff. Durante o encontro, ela fez questão de mencionar o exemplo de Brusque, que mantém o Convênio de Radiopatrulha, iniciativa da Acibr, que contribui com a manutenção dos órgãos de segurança.
“Nossa cidade é sempre lembrada quando o assunto é segurança pública, e com o secretário não foi diferente. Mais uma vez, ressaltei que não podemos ser punidos com baixo efetivo porque mantemos bons índices relacionados à criminalidade. É necessária uma distribuição policial mais criteriosa e igualitária entre as regiões”, pontua.
Ainda em agosto, no dia 20, Rita presidiu o encontro regional da Facisc em Balneário Camboriú, ao lado do vice-presidente da Facisc, Regional Vale, Rinaldo Luiz de Araújo. O evento contou com representantes de 14 municípios. Na ocasião, o diretor da Acibr, Halisson Habitzreuter, apresentou o case do Convênio de Radiopatrulha, com o objetivo de que o modelo possa ser replicado em outras cidades catarinenses.
“Já temos várias ACIs do Oeste e do Extremo Oeste entrando em contato, querendo saber como é a lei que foi aprovada em Brusque. Acredito que isso vai trazer bons frutos para o Estado. Por isso, também estou mais próxima da segurança pública, para fomentar ideias positivas como esta”.
Rita ainda teve a oportunidade de se reunir com o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcelo Fett.
“Falamos sobre a grande quantidade de incentivos e de recursos disponíveis na secretaria. Observei que esses valores não deveriam estar focados apenas em empresas de inovação, mas em organizações de outros setores também que, em parceria com as startups, poderiam fomentar novos segmentos”, considera.
Como presidente interina da Facisc, Rita agendou uma reunião com o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, que acontece nesta terça-feira, 3. Ela irá acompanhar o presidente da Facisc, Elson Otto, com o secretário de estado.
No encontro, a entidade irá se manifestar contrária ao aumento de impostos, principalmente para o setor têxtil. “Somos completamente contra a qualquer aumento de imposto. Também vamos falar sobre a Reforma Tributária, cuja proposta era de diminuir a burocracia, sem aumentar os impostos. E o que está ocorrendo é justamente o contrário”.
Rita presidiu ainda o encontro com todos os vice-presidentes regionais da Facisc para tratar sobre o programa Voz Única, iniciativa da Federação que se estendeu aos municípios. O objetivo do programa é compilar, em um único documento, as demandas da classe empresarial em prol do crescimento e desenvolvimento das regiões. Os documentos devem ser entregues aos candidatos às prefeituras, nas eleições municipais deste ano.
A empresária afirma que durante esses 25 dias, viu de perto o quanto as Associações Empresariais precisam do apoio da Facisc para que possam ter suas demandas contempladas com facilidade.
Hoje, a Federação conta com 43.633 associados e está presente em 240 municípios.
“As ACIs são quem vivem os desafios dia a dia, mas a Facisc deve oferecer suporte para atender as necessidades. A Federação consegue abrir portas e encurtar caminhos pela credibilidade de sua história. Por isso, é a Facisc quem constrói essas ‘pontes’ para as Associações. Recebi demandas de todas as regiões e, como presidente interina, tentei construir o máximo de canais possíveis para facilitar o trabalho da classe empresarial”, completa.
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