Espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre volta a ser realizado em 2022; saiba datas
Peça teatral estava marcada para 2021, mas precisou ser adiada em virtude da pandemia
Peça teatral estava marcada para 2021, mas precisou ser adiada em virtude da pandemia
Após um ano suspenso devido à pandemia de Covid-19, o espetáculo Paixão e Morte de um Homem Livre será realizado em 2022. A Associação Artística Cultural São Pedro (AACSP) afirma que a tradicional peça teatral que retrata a morte de Jesus Cristo acontecerá entre os dias 14 e 15 de abril, na véspera da Páscoa, no pátio da igreja São Cristóvão, no bairro Aymoré, em Guabiruba.
O espetáculo, que acontece a cada dois anos, estava marcado para 2021, mas precisou ser adiado para 2022. A última edição foi apresentada nos dias 18 e 19 de abril de 2019.
As obras do palco que dará vida ao espetáculo começaram na última semana de janeiro. Na próxima quarta-feira, 2, haverá uma reunião com todos os coordenadores dos setores para ajustar os detalhes.
Assim como na última edição, a diretora escolhida para conduzir a peça neste ano foi Rejane Habitzreuter Schlindwein. Os ensaios devem começar no primeiro domingo após a Quarta-feira de Cinzas. Com isso, a partir e 6 de março haverá ensaio em todos os domingos até a véspera do espetáculo.
O presidente da AACSP, Marcelo do Nascimento afirma que quem tem interesse em atuar na peça deve comparecer no salão São Cristóvão, no bairro Aymoré, no dia 20 de fevereiro, às 16h. Ele ressalta que todos os 105 atores com falas já foram escolhidos, mas que ainda há vagas para os figurantes.
Além de ter adiado o espetáculo por um ano, a pandemia também impactará no número de público que poderá acompanhar a peça em 2022. Marcelo explica que deverá ser criado um Plano de Contingência para realizar o evento.
“Se a apresentação ocorresse nesta semana, nós teríamos à venda 1,2 mil ingressos para cada dia para cumprirmos a questão de distanciamento. Vamos acompanhar a situação conforme acontece. Se essa situação piorar, o que esperamos que não ocorra, acreditamos colocar pelo menos 2,5 mil, e se não puder ter público, nós partiremos para ideia de transmitir ao vivo pelo Youtube ou TV local. Acontecer ele vai, a questão é se será com público ou sem”, explica Marcelo.
Normalmente, cada noite de espetáculo vende de 4,5 mil a 5 mil ingressos, totalizando cerca de 10 mil nos dois dias. A possibilidade de realizar uma terceira noite de evento é remota, visto que isso causaria mais custos com iluminação, sonorização, maquiagem, fogos de artifício, entre outros.
“Sabemos que se colocarmos 1,2 mil ingressos por dia, eles serão consumidos pelo pessoal que atuará, pois eles trazem os familiares e amigos. Normalmente 2,5 mil é o número de ingressos que vendemos durante os ensaios. Nessa possibilidade nem sairia para nenhum ponto de venda”, enfatiza.
Assim como em todas as edições anteriores, o espetáculo contará com novidades para este ano. Apesar de não ter como fugir da história retratada na bíblia, o presidente adianta que a versão de 2022 será contada do ponto de vista de uma menina.
“O contexto é de uma menina de 10 anos, do mundo atual. Ela vai em uma missa, onde o padre conta todo o sofrimento de Jesus. No decorrer de um sonho ela busca ajudar Jesus e tenta avisar o que acontecerá com ele para salvá-lo do sofrimento. Ela conhece Maria e alguns apóstolos, mas não consegue chegar até ele. No final teremos uma surpresa especial da morte e ressurreição que deixaremos para o espetáculo”, salienta.
Marcelo acredita que muitas pessoas lembrarão da própria infância ao verem a menina tentando ajudar Jesus. A intenção é fazer as pessoas lembrarem os sentimentos de uma época de harmonia, onde não havia tanta tecnologia.
Além disso, neste ano o espetáculo contará com uma atriz global, que fará o papel de Maria, mãe de Jesus. No entanto, o nome da profissional convidada será revelado na data de lançamento da peça, que deve acontecer em meados de fevereiro.
Assim como na edição anterior, a AACSP conseguiu o edital da Lei Rouanet, cujo objetivo é o incentivo à cultura. O diferencial deste ano foi a captação total. “Diante da pandemia, nós não esperávamos conseguir 100%, mas foi um dos espetáculos que conseguiu. O projeto está orçado em pouco mais de R$ 452 mil. Não foi plenamente arrecadado financeiramente, mas tivemos patrocinadores”, salienta.
O espetáculo também contará com o apoio da Guabi Fios, que é a patrocinadora master; da NCA Malhas e o Supermercado Archer.
“Além disso, quem complementa, pois faltou em torno de R$ 90 mil, será a Prefeitura de Guabiruba, que entra com a questão do financiamento das obras do palco com material, madeiras e estacas”.
O ensaio final está marcado para dia 13 de abril. Na oportunidade, a peça será apresentada exclusivamente para as entidades filantrópicas convidadas, como, por exemplo, a Apae. “É uma forma de retribuirmos o fato de conseguirmos a Lei Rouanet. Se faz necessária essa contrapartida, que é sempre apresentar gratuitamente o espetáculo para entidades que estão conosco em todos os anos”, finaliza.
A data prevista para venda dos ingressos ainda não foi divulgada, visto que a organização aguarda o aumento ou decaimento dos casos de Covid-19.
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