É impossível falar de Nova York em duas páginas do jornal, então vou falar um pouco do passeio que fiz na minha última visita à Big Apple. Depois de ter visitado Nova York três vezes, foi só na quarta que fiz o passeio da Estátua da Liberdade e Ellis Island. Posso dizer com toda a certeza que adorei e recomendo.

Comprei um passeio com guia turístico, pois queria saber todas informações e histórias do mais famoso símbolo dos Estados Unidos.

Marcado para as 9h30, no ponto de encontro com o grupo no Battery Park, recebemos algumas recomendações de como seria nosso passeio. Embarcamos no barco até a Liberty Island. A viagem foi tranquila, o dia estava lindo com sol e céu azul, não ventava muito, assim o barco não balançou. Aos poucos fomos avistando a estátua.

Desembarcamos e seguimos para a frente dela, para fotos clássicas, é claro. Antes de entrar no museu há algumas esculturas de pessoas que foram importantes para a sua idealização, e nosso guia explicou uma a uma. A estátua foi idealizada pelo escultor Frédéric-Auguste Bartholdi, em uma estrutura projetada por Eugene Emmanuel Viollet-le-Duc e Alexandre-Gustave Eiffel – o mesmo que projetou a Torre Eiffel. Entrando no museu continuamos a aprender sobre a história.

Vamos às curiosidades:

  • A Estátua da Liberdade foi um presente da França aos EUA em comemoração ao centenário de sua Independência, no ano de 1876.
  • A estátua foi construída na França, toda feita em moldes enormes e veio desmontada em 350 peças, para ser montada na entrada do país na época, na Liberty Island, assim ela dá as boas-vindas aos que chegam ao país.
  • Demorou quatro meses para ser montada em Nova York e foi inaugurada em 1886, ou seja, dez anos depois da comemoração do centenário.
  • A inspiração para o rosto da mulher a ser representada na estátua teria vindo da mãe do escultor.
  • Em sua mão esquerda segura uma tábua, na qual está escrita: 4 de julho de 1776, em algarismos romanos, data da independência do país.
  • O fogo da tocha erguida representa a liberdade do povo, assim como a própria estátua.
  • Em sua coroa existem 25 janelas (que simbolizam as joias encontradas naquelas terras) e sete raios que formam uma coroa (que representam os sete continentes e os sete mares do mundo).
  • Para subir até os pés da estátua é necessário fôlego de 125 degraus que, com certeza, valerá a pena. Ali podemos ver mais de pertinho alguns dos detalhes que aprendemos sobre ela e ter uma vista incrível da cidade.

Continuamos o passeio para Ellis Island. Pegamos novamente o barco e rapidinho estávamos na ilha. Foi nessa ilha que funcionou entre 1892 e 1954 o mais movimentado posto de inspeção de imigrantes dos Estados Unidos, ou seja, foi pela Ellis Island que cerca de 12 milhões de imigrantes entraram na América vindos de países como Itália, Irlanda e Inglaterra.

Os imigrantes desembarcavam na ilha ao chegar no país à procura de trabalho e melhores condições de vida. Lembra que falei que a estátua dava as boas-vindas aos imigrantes? Por isso também que ela efetivamente tornou-se um símbolo para os que deixavam suas pátrias empobrecidas. O país tornou-se uma espécie de Terra Prometida para muitos europeus, que se emocionavam ao passar pela estátua.

Fomos recebidos antes de entrar no local com um simpático senhor tocando gaita de fole, um show à parte. Nosso guia nos explicou, passo a passo, de como acontecia o acesso aos imigrantes ao país, e claro que nem tudo eram flores. Além de muitos virem somente com a roupa do corpo, muitas vezes vinham antes da família, para conseguir se estabilizar e então chamá-los para se juntarem a eles. Infelizmente, muitos eram barrados, ou por enfermidades, ou por não passarem nos testes de confiança. Também haviam suspeitas de serem terroristas. Sim, desde aquela época já existia esse tipo de cuidado.

Há um museu explicando toda essa fantástica história, e se você for descendente de algum desses imigrantes, você pode pedir para procurar ali no museu por suas origens.

Mais curiosidades sobre a Estátua da Liberdade segundo o Guinness, o livro dos recordes:

É a escultura mais pesada do mundo, com 225 toneladas.
Sem o pedestal a estátua mede 46,5 metros, sendo que com ele, alcança os 93 metros.
Para chegar até o topo da coroa são 354 degraus, o equivalente a 22 andares.

Por que Big Apple – Grande Maçã?
A palavra maçã no início dos anos 20 era usada em corridas de cavalos. “Apple” era uma gíria utilizada para falar dos prêmios e corridas mais importantes. Até que um dia um jornalista se referiu às corridas de Nova York como “Around the Big Apple”, pois era um prêmio muito disputado.

Já no início dos anos 30, os músicos de jazz começaram a se referir a cidade como “The Big Apple”, pois há um ditado no show business que diz “There are many apples on the tree, but only one Big Apple” (Há muitas maçãs na árvore, mas somente uma grande maçã). Como a cidade era o lugar preferido para se apresentar, era chamada “The Big Apple”.

Frase: “Selva de concreto onde os sonhos são feitos, não há nada que você não pode fazer. Agora você está em Nova York! Essas ruas vão fazer você se sentir novo em folha, luzes grandes vai inspirá-lo”
Empire State of Mind – Alicia Keys