Dione Bruns Rüdiger é quase a personificação do Colégio Cônsul Carlos ainda hoje. Ela trabalha na escola há 30 anos, agora como secretária, e neste período trabalhou com cinco diretores: Arno Klabunde, Danilo Doss, André Rückert, Orlando Borschardt e Otto Hermmann Grimm.
Ela lembra que, quando começou na escola, o sinal entre as aulas era manual. “Às vezes, um professor falava que esqueceram do sinal e alguém saía correndo”, conta, com nostalgia. Naquele tempo, os relatórios e as comunicações eram datilografadas na máquina de escrever.
Já na década de 1990, a informática introduziu muitas mudanças na rotina dos trabalhadores da escola. “O primeiro programa de computador, em 1997 ou 1998, foi um desastre porque ou funcionava o acadêmico ou o financeiro”, diz Dione.
A empresa que fazia a manutenção dos programas de informática era de Minas Gerais, o que dificultava tudo porque os programas era enviado por correio. Depois, uma outra companhia, de Blumenau, assumiu o serviço e tudo melhorou.
A informática também afetou as relações com os pais do alunos. Dione conta que os boletins passaram a ser entregues impressos. “Tínhamos que convencer os pais que a nota que estava ali era a verdadeira”, diz.
Muitos pais, desacostumados à tecnologia, desconfiavam e consultavam a escola. Confiavam mais ao ver a letra da professora. Mas, aos poucos, a informática foi introduzida sem restrições, até mesmo entre os professores e funcionários.
Outra mudança importante durante os últimos 30 anos foi a forma de contratação da escola. Dione lembra que, anos atrás, só era preciso um requerimento de matrícula para ingressar no Cônsul.
Depois, passou a ser exigido o contrato assinado pelos pais. Muitos deles não aceitaram. Dione lembra que teve quem jogasse o documento assinado na secretaria.
Satisfação
“O mais gratificante é encontrar os ex-alunos, que agora são pais”, afirma a secretária. Ao longo dos 30 anos de casa, ela já desempenhou várias funções. Carregou algumas crianças do berçário no colo e viu tantos outros ansiosos pelo primeiro dia de aula.
Hoje, muitos deles são pais e levam os filhos para o Cônsul, e se deparam com Dione, ainda da época deles como alunos. Dione se diz orgulhosa ao ver esses antigos alunos pessoas formada atualmente.