Líder na produção de fornos e cooktops no Brasil, a Irmãos Fischer, de Brusque, teve um crescimento de 30% em seu faturamento em 2021 e vislumbra, em breve, a exportação de seus produtos para a América do Norte e Europa.

Mesmo com todas as dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19 para empresas de todos os segmentos e portes, a indústria brusquense conseguiu manter os investimentos e colhe os frutos das decisões tomadas em meio às crises sanitária e econômica mundial.

Hoje, a empresa se divide em três segmentos principais: construção civil, eletrodoméstico e sistema construtivo. Na pandemia, as categorias de eletrodomésticos e construção civil foram as mais incentivada. Isso ocorreu pois, ao passar a maior parte do tempo em casa, os consumidores começaram a investir em reformas e na substituição dos eletrodomésticos antigos por novos.

Fischer tem 55 anos de história | Foto: Fischer/Divulgação

“A partir de maio de 2020 tivemos um processo de incremento de demanda bem forte, aí foi preciso conciliar o efeito cascata que a parte industrial sofreu com a falta de matéria-prima, reajustes ousados, entre outros, para levar ao consumidor o que o mercado estava pedindo”, destaca o fundador da empresa, Ingo Fischer.

A pandemia também fez o e-commerce se tornar essencial. A Fischer já tinha projeções de crescimento do canal de vendas on-line, mas com o avanço da Covid-19, estas projeções se anteciparam. 

Ingo afirma que a empresa, que estava preparada com plataformas, tecnologia exclusiva de logística e equipe, conseguiu oferecer a melhor experiência ao consumidor. “Começamos rapidamente a colher os frutos de nossa antecipação”, observa.

Investimento em capital humano

Neste período delicado e de muitas incertezas, a Fischer foi uma das únicas empresas que manteve os funcionários, sem demissões. Ingo afirma que o principal investimento da indústria foi em capital humano. “Procuramos olhar para dentro de casa. Entendemos o que podia ser feito com o home office, ou seja, fizemos o possível para que o efeito cascata não chegasse dentro da empresa”.

Ingo Fischer é o fundador da empresa | Foto: Fischer/Divulgação

O empresário destaca que quando iniciou o processo de crescimento da demanda, a empresa brusquense voltou o olhar para ter as pessoas certas, em pontos estratégicos. “Em 2020 tivemos muitas admissões. Entendemos que não adianta apenas investir em tecnologia, se não tivermos as pessoas que conseguem fazer a leitura correta da demanda e dar a devolutiva de forma assertiva”.

Além disso, a empresa aprimorou seus processos com investimento em maquinário e tecnologia.

Novo espaço em São Paulo

Ainda em 2020, a empresa brusquense inaugurou em São Paulo a Fischer Design Haus, que tem a proposta de ampliar os pontos de contato do público com a marca por meio da imersão e experiência em um portfólio composto por mais de 70 itens.

O prédio é propriedade da Fischer desde 1977, e foi totalmente reformado para receber os consumidores em um espaço de 130 metros quadrados. “Neste local exploramos o conceito built-in das cozinhas planejadas, que estão conquistando cada vez mais o mercado brasileiro”.

Neste ano, a Fischer já lançou sete novos produtos, entre fornos, cooktops, fogões e coifas. 

Conquistando novos mercados

A indústria brusquense avalia que ainda é preciso entender o novo normal de consumo e o comportamento do consumidor e dos clientes, reflexos de mais de um ano e meio de pandemia. “Quem estava preparado, navegou no mar tumultuado e conseguiu sobreviver, o que foi o nosso caso. Mas a gente percebe que esse novo normal tem ainda muitos desafios”, destaca.

Aproveitando os bons resultados, mesmo em momentos conturbados, a Fischer planeja para um futuro próximo, entrar em novos mercados. Aos 55 anos, a empresa brusquense já exporta para todos os países do Mercosul e está com planos acelerados de exportar para a América do Norte e Europa.

“Com amor pelo que fazemos, respeito ao consumidor e olhar para o futuro, vamos continuar nesse desafio de sempre lançar tendências e sermos referência no nosso segmento”, finaliza Ingo.


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