De um lado véu. De outro luz.
Porém a luz parece forte demais
Para tornar visível o que se esconde.
E a luz torna cinza
O que poderia ser brilho
Ser cor.
Outra cor que não a da própria sombra.
Há poesia através da cidade,
Mesmo quando meus olhos
Ou teus não consigam ver.
A cidade brilha mais que o sol,
E os dois juntos criam tormenta;
Potência e força.
No caminho não perco o ímpeto
De desbravar a cor inteira.
E se for véu,
que venha.
Pois se for sombra,
Venha.
Porque de todas as coisas que são,
Eu continuo sendo…
também.
Eduarda Paz – psicóloga