Nesse comecinho de ano me pus a ferver a cachola pensando numa coisa:
por que é que a gente sai do conforto do nosso lar no final do ano para ir até a praia?
O que nos leva a ter o desprazer de enfrentar congestionamentos enormes e aturar
motoristas imbecis por essas estradas afora?

Por que vamos para um lugar onde os serviços mais básicos como água, luz e coleta de lixo são tão precários?

Por que vamos todos curtir nossas módicas férias em um lugar onde os preços das
coisas são mais caros do que os da nossa cidade?

Por que vamos todos para um lugar onde as filas são uma constante, seja no
supermercado, no “shopping”, no restaurante, no bar, etc?

Você trabalha o ano todo como um cavalo e resolve, como todos os anos, pegar as suas tralhas e rumar com destino as nossas paradisíacas praias para ter o merecido “dolce far niente” a beira mar, tomando aquela cervejinha gelada e saboreando aqueles petiscos tão tradicionais do nosso litoral. Que sonho!

Mas é tudo mentira, é só incomodação! É o supermercado lotado com preços ridículos, é aquele sapecão que o cara já leva no primeiro dia de praia que tem que dormir no cabide todo lambuzado de Caladril, é ter que aturar os sons do momento que a rapaziada ouve no último volume, é aturar aqueles garçons burros que você pede uma cerveja gelada, vem uma coca quente, é você tentar ir para uma praia como Mariscal e ter que aturar um engarrafamento igual ao de São Paulo, é a virose que bate na criançada, enfim, o cara paga pra se incomodar durante 10 dias que eram para ser de descanso total e absoluto.
E agora que acabaram as férias, vamos fazer o que?

Voltar toda sexta-feira pra praia, é claro, afinal de contas, férias são como sexo, mesmo quando é ruim ainda é bom!

Tropa de tanso

Gostaria muito de conhecer o cara que é o responsável pelo trânsito em Porto Belo! Se botar esse galego para cuidar do trânsito em Brusque, os meus amigos do Guarani vão demorar no mínimo três horas para chegar em casa todo dia e os de Dom Joaquim vão pegar o finalzinho do Big Brother e olhe lá! Será que esses caras nunca fizeram uma pistinha de carrinho quando eram crianças para entender como flui um trânsito sem gerar o caos? O pior é que enquanto todo mundo fica parado numa fila sem sentido, uma prefeitura liberou uma estrada que é igual quando os seus amigos jipeiros saem pra andar na lama sábado de tarde e a outra prefeitura fez um desvio que irritou os comerciantes do lugar, que preferem a fila na frente dos seus estabelecimentos. É inacreditável a falta de organização em Porto Belo e Bombinhas. Tanto é que é mais fácil o pessoal conseguir sair da Caverna do Dragão do que sair de Bombinhas! Mas na verdade o grande problema dessas nossas praias não é o cocô na água, mas sim o cocô que existe na cabeça de quem administra essas cidades, pessoas totalmente despreparadas para assumir os cargos que ocupam, essa é a grande verdade.

Tira isso dali, ô

Falando em trânsito no litoral, será que não vai existir um boca aberta de um político desses nossos que vai conseguir remover o posto da Polícia Rodoviária Federal ali de Itapema? É a única coisa que atrapalha o trânsito nessa região e que não tem sentido nenhum de estar ali naquele local. Coloquem eles lá em Herval D’Oeste, Witmarsum, Lontras, mas ali não é lugar para eles estarem fazendo com que o trânsito seja mais devagar que garçom em festa de camelo.

5 metas para 2024

– comer menos
– beber menos
– falar menos
– reclamar menos
– se estressar menos
Complicado, acho que vamos ter que deixar como está…

Vamos no mercado, galera?

Você está na praia e vai ao mercado. Sempre lotado, né? Sabe por quê? Simples, porque ninguém vai sozinho ao mercado! Pode ver senão estão aqueles quatro, cinco marmanjos sem camisa discutindo o preço da cerveja ou escolhendo dez mil vezes qual é o toco de carne que eles vão levar pra queimar. Então chega no caixa e tem cinco com um carrinho. Na hora de rachar a conta um dá dinheiro, o outro dá um cartão, o outro passa uma parte num cartão e outra no cartão da mãe, o outro tem tícket, mas aí descobrem que não vale pra bebida e também sempre tem aquele que quer passar aquele voador que cai só depois do Corpus Christi. Mais demora ainda!

Eu só uso OMO!

Tem ainda aquelas duas ou três irmãs ou duas três cunhadas que são as responsáveis pela cozinha da casa de praia, que levam as crianças junto pra aproveitar pra “tirar elas de dentro de casa” e abarrotar os corredores de gente sem ter o que fazer. Essas ficam discutindo a marca de amaciante de roupa, da margarina, do papel higiênico se é lixa ou não é, da caixa de fósforo, do palito de dente, discutem até de “maisena” se bobear. E sempre tem aquela vovozinha cútxi-cútxi que esquece de pegar o vidro de ovo de codorna que o vô pediu pra trazer sem falta e só lembrou disso quando já estava passando a compra no caixa.

Primeira piada de 2024

Diz a lenda que num jogo do time de futebol do glorioso 10 de Junho, o folclórico Mão de Onça, grandiosíssima figura da nossa querida Guabiruba, adentrou o vestiário onde se encontrava o juiz da partida e começou a falar:
– Isguta agui! O senhor gui é o xuíz do nosso xogo hoxe?
– Sim, senhor! – respondeu o árbitro da peleia, ainda se arrumando para entrar em
campo.
– Inton é o seguinte, xá vô ti atiantando que se nóis perter o xogo pra eles tu abanhas! E se nóis empatar o xogo coneles tu também abanhas também! Tá endendido?!
– Tá, mas e se vocês ganharem o jogo? – perguntou o juízão, já meio preocoupado.
– Pom, se nóis ganhar o xogo, taí tu abanhas teles!

Puxando o Saco

O “Puxando o Saco” dessa semana vai para os aniversariantes Charlles (Lico) Zucco, Dinho Siemsen, Silvana Minella Rodrigues, Leoberto de Souza Jr (Fumaça), Marcelo Tomazoni, Ricardo José Engel, Tadeu Schlindwein, Kiko Zen, Túlio Tórmena, Diego Galassini, Rodrigo Giacomini, Luiz Henrique Hoefelmann (Luiba), Maicon Testoni, Gui Albani, João Macedo, Roger Zen, Carlos Eduardo Knihs, Alexandre Valle e Fernando Sevegnani (Janjão). Bom final de semana e que esse 2024, apesar do coisa, seja um ano de muita saúde e felicidades para todos nós, se Deus quiser e vai querer!

Sabedoria Butecular

“Quem tem talento não tem patrão!” – by pai do Claudinho e Buchecha