A queda na base
Alguns podem não ter percebido, mas Brusque caiu drasticamente nos Joguinhos Abertos em comparação com 2015. Isso é um problema sério. A competição envolve a base, portanto o futuro do esporte no município. Se a base está frágil, toda obra é comprometida. Diferente dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), os Joguinhos refletem de fato o trabalho que é feito dentro das cidades.
O problema não parece ter sido exclusivamente a falta de dinheiro para investir no trabalho com as categorias inferiores. Municípios com população e arrecadação bem menores conseguiram colocações superiores, casos de Navegantes (72 mil habitantes), Concórdia (68 mil) e Joaçaba (27 mil). Não mesmo. Além dos recursos cada vez mais escassos, faltou administração. O ano de 2016 para o esporte de base brusquense foi praticamente morto, com três diferentes responsáveis pela Fundação Municipal de Esportes (FME) e distribuições de bolsas ainda menores, de valores reduzidos.
As associações esportivas também têm culpa por procurarem somente a prefeitura em busca de recursos públicos, uma vez que tanto o governo estadual quanto o federal disponibilizam bolsas para projetos de iniciação esportiva. Falta fazer o dever de casa e correr atrás de seus direitos.
O próximo governo terá trabalho pela frente para dar um novo horizonte ao esporte daqui – apesar de já dar sinais de que a visão está turva, com promessas de estádio municipal e investimento em equipe profissional. Os jovens precisam de boas condições para a prática e o desenvolvimento do esporte, uma comprovada ferramenta de formação de cidadãos melhores.
Princípio de tumulto
Na manhã de ontem, atletas do Marcílio Dias (inclusive alguns emprestados pelo Brusque) ameaçaram não viajar com o grupo a Porto União para mais um compromisso do Catarinense Série B. O motivo não poderia ser outro: o clube deve salários. Para alguns, chegam a ser três meses de atraso, e outros dez dias. A informação de bastidores é que o Marinheiro viajou com apenas quatro atletas do elenco principal, Cristian, Neguete, Cassio e Mineiro, e o restante foi grupo de base.
Racha no grupo?
Quem acompanhou a ‘treta’ garante que o grupo está rachado entre estes que aceitaram viajar e os que ficaram – inclui aí Cleyton, Tony, Carlos Alberto, Alexandre Carvalho, Aélson, Paulinho e Eliomar. Para o bem do Brusque, que isso não passe de um momento turbulento, porque se o clima estiver ruim de fato o tal ‘entrosamento’ que se buscava no empréstimo dos jogadores escorreu-se por água abaixo.
Deixa saudade
No último mês, o Carlos Renaux completou nada menos do que 103 anos, e em seu aniversário a atual diretoria comentou sobre um possível retorno ao futebol profissional. Se o projeto poderá se concretizar ou não, só o tempo dirá, mas a verdade é que os saudosistas não cansam de lembrar dos bons momentos do tricolor, o primeiro time de futebol do estado. Na foto, elenco de 1963. Em pé: Otávio, Valério Fantini, Albercio Wippel, Wilson, Polaco, Sardo, Merizio, Elói Souza. Agachados: Mário Vinotti, Nelsinho Bolognini, Petruschky, Vinicius, Badinho e Bossinha.