Dezenas de fatores podem ser apontados para definir o título da Sociedade Esportiva Palmeiras. Aí, surgem os matemáticos de boteco e os filósofos de balcão, cada um com sua teoria. Em comum entre os etílicos eruditos estão duas palavras: regularidade e elenco.

Regularidade por ter sido a equipe que venceu quando tinha que vencer e foi superado somente quando era aceitável. Não perdeu pontos de bobagem, além de ter garfado adversários na casa dos rivais. Manteve um padrão de jogo, foi pouco surpreendido e mereceu, rodada após rodada, a taça que agora brilha na ostentosa sala de troféus alviverde.

Elenco porque, não importava quem saía ou quais motivos levavam atletas a desfalcar as partidas, quem entrou cumpriu bem seu papel. Jailson, pela primeira vez atuando em uma equipe na Série A aos 35 anos, fechou o gol que Fernando Prass teve de abandonar por uma lesão. O autor do gol foi um atleta escalado às pressas por Cuca de supetão.

Aliás, Cuca foi o gênio por trás do título, um ‘professor Pardal’ que deu certo. O volante, ele fez de lateral, e o lateral serviu como volante. Jogadores de renome esquentaram o banco para quem ainda têm lenha para queimar, mas cada uma dessas decisões, contestadas de antemão, se provaram acertadas. O comandante deixa o alviverde – muito provavelmente para terras chinesas -, mas fica na memória e nos corações da torcida palestrina.

Por que o Palmeiras foi campeão? Porque sim. Porque era a hora, o momento e o lugar. Porque lutou para isso dentro de campo, doou sangue e suor e mereceu o nono título nacional. E que venha o deca!


Cada um para um lado

A Olesc gerou uma debandada das equipes e atletas de Brusque, que agora defenderão outros municípios. Tudo isso porque o município não tem dinheiro para levar atletas ao clube. As atletas do Barateiro irão defender Itajaí, enquanto a equipe de atletismo vai entrar na pista por Rio do Sul, só para mencionar os casos conhecidos, fora atletas espalhados em outras delegações. Os atletas estão certos, já que precisam colocar o pão de cada dia na mesa e fazer jus ao treinamento de um ano todo.


Cadê os jogadores?

Há duas semanas, o Brusque esconde a sete chaves o nome dos atletas os quais está apalavrado. O dia 12 de dezembro está marcado para a apresentação oficial, mas a torcida já quer saber quem vai completar o time que jogará na Série A. Até o Tubarão já surpreendeu ao anunciar o Renteria, ex-Internacional, como reforço para a competição.


A nova marca do Bruscão

Kanxa, que agora veste o Brusque, já foi a marca do Criciúma / Foto: Levi de Oliveira/Arquivo Município
Kanxa, que agora veste o Brusque, já foi a marca do Criciúma / Foto: Levi de Oliveira/Arquivo Município

A diretoria do quadricolor surpreendeu ao revelar, na última semana, ter fechado com a empresa de artigos esportivos Kanxa – que veste, entre outros clubes, Oeste, Luverdense e América de Natal. Esperava-se que a ZF Sports, marca de Brusque, fosse a opção, pois o clube já trabalhava com ela. Há aflição quanto aos preços que serão aplicados às camisas, já que com a ZF elas custavam cerca de R$ 60, porém a verdade é que a margem de lucro das lojas era pequena. Apesar das boas vendas.


Correndo atrás

O próximo ano será muito movimentado no esporte, com Liga Ouro, no basquete, e Superliga B, no vôlei. Dirigentes das equipes brusquenses AD Brusque e Abel já correm atrás do prejuízo – têm pouco tempo para conquistar patrocinadores e uma boa grana para montar um elenco razoável e representar a cidade da melhor maneira possível.


MEMORIA


Uma escola para o BMX

Foto: Arquivo Município
Foto: Arquivo Município

Recentemente, Brusque se consagrou campeã do Paulista de BMX, com a equipe Bicicross Berço da Fiação. Porém, não é de hoje que a modalidade mexe com a cabeça dos brusquenses. Na foto, um registro de dez anos atrás: o brusquense André Montibeller compete no estadual de BMX. Nomes hoje experientes, como Felipe Brick e Everton Münch, participavam das categorias de base – Ariel João da Silva, hoje campeão da Elite Men, ficou em segundo lugar na Boys 12 Anos.