Sem vento, um barco a velas fica estagnado e seus tripulantes só podem aguardar o tempo favorecer. No último domingo, 26, o vento soprou o veleiro quadricolor na direção certa: o alto do grupo A15. Seus tripulantes – a torcida presente – festejaram muito, até porque um dos marujos que fez a diferença, Rafael Xavier, é um xodó particular. O atleta fez sucesso no Gigantinho em 2010, fazendo parte da expedição vitoriosa na Copa Santa Catarina.

Mas não só Xavier merece o destaque entre os que enfrentaram o JMalucelli no último domingo. O insistente Eliomar, que incendiou o confronto na segunda tentativa de ataque, foi importante. Cuidando da popa do veleiro, Neguete e Clayton afastaram o perigo, apesar de alguns tropeços. Marcelo Tchê, marinheiro de primeira viagem, impressionou com suas subidas ao ataque. Foi dele o primeiro tiro perigoso.

Mas quem mereceu todos os aplausos de fato foi o capitão, Mauro Ovelha. Reconhecendo os erros cometidos nos primeiros duelos, apostou desta vez na melhor disposição de seus comandados, não teve medo de partir para cima e, pela ousadia, foi agraciado com a vitória. Mas Ovelha sabe que ainda tem mar pela frente.

Neste domingo, outro triunfo contra os paranaenses, desta vez no território inimigo, praticamente coloca a expedição quadricolor na próxima etapa desse grande desafio que é o Brasileirão Série D. Além disso, daria um horizonte melhor para esse time que sonha em sair deste mar de incertezas para chegar, finalmente, na terra firme da terceira divisão nacional.

Atuação de empolgar

Como mencionado na coluna da última semana, nenhum atleta do grupo quadricolor havia desaprendido a jogar. Faltava tranquilidade e entrosamento que, segundo célebre frase de Mauro Ovelha, ‘não se compra no supermercado’. A semana seguinte a uma atuação desastrosa serviu justamente para que esses dois fatores fossem trabalhados. A previsão do tempo para a semana não é de chuva, o que deve ajudar ainda mais nos coletivos, em busca de uma nova vitória, dessa vez no Paraná.

 

 

TROFÉU JACOBS cópia

Comunitários vem aí!

Quem não participa dos Jogos Abertos Comunitários de Brusque (Jacobs) não sabe o que está perdendo. É uma grande oportunidade para fazer amizades, se sentir parte da comunidade e, principalmente, praticar esporte. O clima da cidade muda, é empolgante e respira a competição. Nesta quinta-feira, será realizada a abertura oficial, sempre muito caprichada. O evento é uma realização da Fundação Municipal de Esportes (FME) e apoiado pelo jornal Município Dia a Dia, que empresta seu nome ao troféu transitório, objeto de cobiça das comunidades.

 

 

Falta público no Gigantinho

Justamente em um dos momentos mais importantes da história do Brusque – a chance real de classificar para a segunda fase de um campeonato nacional – o público é bastante modesto no Augusto Bauer. Na primeira partida em casa, foram registradas pouco mais de 600 pessoas. No último domingo, cerca de 900. Nada justifica: o preço é baixo, o time é competitivo e os jogos foram todos no domingo até aqui.

Ausência de Cléverson

Camisa 10 do Brusque nas duas primeiras partidas, Cléverson não ficou sequer no banco de reservas na partida de domingo. O atleta teve uma atuação ruim no jogo contra o Novo Hamburgo e chegou a ser vaiado pela torcida. Conhecido nômade, Cléverson não costuma pensar duas vezes quando se vê insatisfeito com um clube. O quadricolor, à propósito, já é o quarto clube do ano para ele.

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O esporte e a comunidade

 

MEMÓRIA DO ESPORTE

 

As principais provas de que Brusque sempre respirou o esporte estão nos registros mais antigos. Nessa foto, de 1965, um público considerável acompanha, no Bandeirante, o time da casa que representaria Brusque nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) daquele ano. Nesta edição, Blumenau foi campeã geral, com Joinville como vice. Você reconhece os atletas? Se sim, envie e-mail para [email protected] nos ajude a homenagear quem já representou Brusque em uma das principais competições do estado.