Prefeitura de Brusque e Sinseb não chegam a acordo sobre reembolso com medicamentos
Prefeitura de Brusque e Sindicato dos Servidores Públicos (Sinseb) estão em pé de guerra em função do projeto que traz modificações à lei que regulamenta o fornecimento de auxílio medicamento aos servidores públicos, com reembolso de 50% sobre o valor gasto. Enquanto o Sinseb é contra o projeto e quer rediscuti-lo, o governo acredita que não há nada a ser discutido, e está impaciente quanto à demora da Câmara em votar o texto. Ainda não há indicativo claro de quem vencerá essa batalha.
Pedidos de vista
O secretário de Governo e Gestão Estratégica, William Molina, criticou o fato da Câmara ter, na sessão da semana passada, adiado mais uma vez a votação do projeto, o qual, na prática, acaba com o pagamento indiscriminado do auxílio, limitando-o apenas aos medicamentos que não estão disponíveis pelo SUS. Para ele, trata-se de uma proposta que acaba com um privilégio dos servidores públicos, o qual onera demasiada e desnecessariamente a prefeitura. Na avaliação do governo, não há mais nada a ser discutido, tendo em vista que o auxílio continuará sendo pago para medicamentos que o servidor não encontrar na Farmácia Básica.
Sem reunião
O sindicato, porém, reclama que o governo tem se recusado a dialogar sobre o projeto de lei. O Sinseb protocolou um documento em 23 de outubro, no qual solicita uma reunião com o prefeito Jonas Paegle para discussão da proposta e tentativa de entendimento. No entanto, o governo, de acordo com o Sinseb, não deu retorno sobre a possibilidade da reunião ocorrer. Por isso, a entidade conclamou aos servidores que pressionem os parlamentares a votarem contra o projeto de lei, que deve voltar à pauta na sessão desta terça-feira, 20, após pedido de vistas do vereador Gerson Morelli, o Keka (PSB).
Adiamentos sucessivos
A verdade é que já passou da hora da Câmara dar uma definição ao assunto. Como já foi comentado neste espaço, essa legislatura tem a aborrecedora mania de postergar ao máximo a votação de projetos minimamente polêmicos, como se faltasse a coragem para tomar posição de um lado ou de outro. Esse projeto, por exemplo, já foi adiado duas vezes, a pedido de vereadores, que “não tiveram tempo” de analisá-lo, ainda que o texto tenha sido protocolado em 8 de agosto deste ano. Uma novela interminável.
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