Há pouco mais de um ano como presidente do Sinduscon, Fernando José de Oliveira tem o desafio de reeditar o sucesso das três primeiras edições da Fairtec. Ele tem o conhecimento para isso: além da carreira empresarial consolidada, foi presidente da comissão organizadora em 2015.
O empresário concedeu entrevista a O Município para trazer um panorama sobre o evento. Ele reconhece que o momento da construção civil é difícil, mas mostra entusiasmo, pois acredita que a Fairtec contribuirá para a mudança do cenário.
O Município: A feira é voltada para a construção civil, mas também tem produtos e atrações para o público em geral. O que os visitantes podem esperar?
Oliveira: Haverá várias imobiliárias na feira. O pessoal da Caixa Econômica também estará no evento para fazer simulações. Isso atende ao público residencial. Também terá imóveis na faixa de preço do Minha Casa Minha Vida e de outros valores acima.
Teremos um apartamento decorado com uma sala de cinema
O público terá não só imóveis, mas móveis e decoração. Teremos um apartamento decorado com uma sala de cinema. Hoje, é muito comum o pessoal montar esse tipo de ambiente. Terá também um sistema todo de automação residencial, móveis modernos e decoração. E os arquitetos fizeram um ambiente residencial especial.
Para a indústria da construção civil também estamos trazendo novidades. Trouxemos elevadores, o que nunca tinha vindo para a nossa feira antes. Também terá muita coisa de energia solar, o que, inclusive, será tema de uma palestra interessante. A energia solar está muito em evidência, e é interessante também para o residencial. Eu, por exemplo, tenho energia solar há dois anos.
Há muitas novidades em materiais de construção, principalmente na área residencial. Mas não sabemos de tudo com antecedência, o interessante é a pessoa ir à feira e conferir de perto o que terá de novo.
O Município: Qual é a importância da Fairtec em meio à crise econômica?
Oliveira: Recebi da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) a informação que a construção civil foi um dos setores que puxaram o PIB [Produto Interno Bruto] para baixo no último trimestre. Esse cenário em baixa não é só em Brusque, mas no Brasil inteiro.
Na Fairtec, mostraremos todos os nossos produtos para fazer diferente, e que assim a gente consiga reagir
Temos que tentar fazer a coisa diferente, tentar motivar as pessoas e mostrar o que temos, para, assim, o pessoal se animar e o setor reagir. Quanto mais inertes ficarmos, mais vai demorar para reagir. Todos dizem que já percebem uma reação na economia como um todo, mas o nosso setor está parado.
Então, essas feiras servem justamente para dar um chacoalhão nas pessoas, para motivá-las, para que a gente reaja também. Não podemos deixar só os outros setores da economia deslancharem e ficarmos para trás. Na Fairtec, mostraremos todos os nossos produtos para fazer diferente, e que assim a gente consiga reagir.
O Município: Como você avalia a evolução da Fairtec, que agora chega à sua quarta edição?
Oliveira: A última feira que tivemos, em 2015, foi muito boa e muito fácil de montar. Porque a economia, apesar de já estar entrando na recessão, não estava numa depressão tão grande. Acho que a construção civil chegou ao fundo do poço.
Acreditamos que será um sucesso em função dos estandes, pela energia das pessoas e pelos comentários que temos ouvido
Estou vendo essa feira como a mais difícil de todas para montar, mas conseguimos fechar todos os estandes, apesar das dificuldades. Acreditamos que será um sucesso em função dos estandes, pela energia das pessoas e pelos comentários que temos ouvido.
O Município: Qual é a expectativa de público?
Oliveira: A gente sempre tem a expectativa de superar os eventos anteriores. Na última feira foram cerca de 38 mil pessoas. A gente sabe que, no momento atual, é difícil superar isso. Investimos mais em mídia para buscar mais público, porque a feira depende de público para ter sucesso. Mas trabalhamos para, no mínimo, ter em torno de 30 mil visitantes.