Liberte-se! A viagem te traz nova vida, apura teus sentidos, novas cores, novos sabores, culturas, povos. Um simples caminhar pela rua desconhecida da nova cidade que se está a descobrir já nos desafia a acertar o caminho. Às vezes o caminho errado nos leva a lugares ainda mais interessantes, que não estão no roteiro. Ele nos tira da nossa zona de conforto, expande nosso horizonte e nos transforma!

As descobertas estão além dos belos monumentos, castelos, museus, a descoberta o despertar de conhecer um pouco mais de si mesmo. No nosso dia a dia, muitas vezes o tempo passa despercebido, sem prestar atenção no que estamos fazendo. Quando viajamos nos deparamos com tantas histórias, tantos sabores, que acabamos refletindo ainda mais sobre a vida e aprendemos a desfrutar com mais intensidade essas novas experiências. Trazemos isso na bagagem de volta para casa.

Viajar amplia a visão que temos do mundo e de nós mesmos. Viaje para a longe, viaje para a perto, viaje para dentro de si! Viaje!

 

 

 

 

 

 

 

 

De novo?

Quando conto empolgada que já estou quase de malas prontas ou já pensando na próxima viagem, sempre me perguntam: de novo? Dizem que viajar vicia. Se me perguntar, digo que sim. Desde pequena viajava em família, acho que meu vício já veio dali. Eu simplesmente amo planejar novos locais, hotéis, restaurantes, as histórias dos monumentos, amo museus, a gastronomia e, claro, umas comprinhas estão sempre no roteiro, porque a moda local é sempre muito importante.

Minha mãe sempre ri e fala que sou uma turista completa. Gosto de pensar que sou mesmo. O lugar novo me fascina, descobrir cada esquina, ver como o povo se comporta, e desvendar inúmeras novas sensações. Voltar a um lugar que já estive também de encanta, pois, às vezes, a impressão que tive um tempo atrás pode mudar completamente: o mesmo lugar pode me trazer diferentes impressões. O vício de se sentir vivo, de sair da rotina, de descobrir. Sim, de novo!

O olhar longe, da janela do trem, sem pensar em nada, admirar o que a vista alcança. Simples. Olhando a paisagem, apreciando as novas montanhas, flores pelo caminho, surge uma ponte, lá no fundo. Amo viagens de trem. Um caminho novo, inesperado, vai surgindo na sua frente. Túnel. De volta a paisagem. Cochilo. Acordo com um balanço do trem. A paisagem já mudou completamente, o pensamento voa, lembro de memórias recentes. Mais uma vez me perco a apreciar a vista da minha janela, poltrona 15D. A paisagem começa a ter mais casas, prédios, estou chegando. O trem começa a desacelerar, cheguei, hora de começar mais uma aventura.

Saindo do meu mundinho, nova cama, nova rotina, novos caminhos, novos desafios, minha primeira viagem sozinha! A ansiedade toma conta de mim, de estar em um lugar totalmente diferente (e sozinha!) tem uma pontinha de medo, porém a parte de felicidade de poder ter tantas oportunidades e desafios é maior. Viajar também é poder silenciar, de estar com você mesmo, de amadurecer. Acho que deveria ser uma experiência que todos deveriam ter na vida: viajar sozinho.

Muitas pessoas têm medo de viajar sozinhas, que é uma experiência chata, que não é divertido, eu já penso que é uma questão de se permitir. Permita-se ficar com você mesmo, aprender mais sobre você, gostar de estar com você, ter o prazer a sua própria companhia. Você é a sua melhor companhia, aproveite.


Magali Zen Comandolli
– viajante