Rodrigo Santos

Jornalista esportivo - [email protected]

O último capítulo

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O Brusque entrará em campo em Manaus no domingo para o jogo mais importante da sua história desde aquele 13 de dezembro de 1992. Poderia ter uma situação mais cômoda no gramado da Arena da Amazônia, mas o time não conseguiu repetir as boas atuações no Augusto Bauer e acabou cedendo um dolorido empate no jogo de ida. Empate justo, diga-se de passagem. O time manauara é forte fisicamente e se aproveitou do baixo rendimento do Bruscão na reta final da partida. Agora, o confronto vai totalmente aberto para os 90 minutos finais, no forte calor amazônico.

Quem foi ao estádio viu que, dos 90 e poucos minutos, o Brusque só conseguiu jogar o que conhecemos por mais ou menos 15. Depois de um primeiro tempo sem emoções, com o time nervoso e sentindo a falta de Fio (Thiago Henrique foi o que mais sentiu o peso da final), o Brusque voltou mais focado após o intervalo.

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Fez 2 a 0 ao natural e deu aquela esperança de um placar maior. Só que em dois erros, um de domínio de bola e outro numa expulsão infantil (Romarinho deu uma cusparada em um adversário), o Manaus criou coragem e conseguiu empatar. Muito se lamentou, mas a semana serviu para levantar a cabeça e voltar a concentração para a grande decisão.

O jogo terá alguns fatores interessantes: se o Brusque não vai contar com Romarinho e Zé Mateus, o Manaus ficará sem os melhores jogadores do time: Hamilton e Rossini, o autor dos dois gols no Augusto Bauer, suspensos. Com um calor que vai ser complicado para ambos os times, a receita do bolo para a vitória é muita concentração e aplicação tática.

O Brusque tem um padrão ofensivo conhecido, e espero ver ele em ação no domingo, mesmo que o time tenha mostrado dificuldades em apresentá-lo jogando fora de casa. Mas estamos falando de uma final, e numa final, o fator psicológico tem um peso gigante. É jogo em arena de Copa do Mundo, contra um time que tenta conquistar espaço em um estado cujos times locais há muito tempo não trazem bons resultados.

Eles terão a obrigação de propor o jogo, e o Brusque terá espaço para mostrar o que sabe. Resta-nos torcer para que o time tenha uma tarde feliz. Afinal, das grandes conquistas do clube, apenas a final de 1992 foi decidida em casa. O Bruscão tem histórico de colocar água no chopp dos adversários em decisões.


Waguinho
Não será surpresa se o técnico do Brusque anunciar a sua saída do clube na segunda-feira, 19. Diria até que a saída é bem provável. Colegas da imprensa de Criciúma dizem que Waguinho Dias está “90%” acertado com o Tigre, que vai completar duas semanas sem técnico, depois da demissão de Gilson Kleina, após a derrota para o Operário. Waguinho deu entrevista durante a semana para várias emissoras de Criciúma. À rádio Som Maior, admitiu que já tinha recebido contato do clube do Sul durante o Estadual e diz que não vê problema em ir depois da final da Série D: “Tudo vai de uma conversa (…). Até agora cumpri minha parte, com o acesso do Brusque, e um ciclo se encerra (com a final). Tudo dentro de um bom senso, sendo bom para todos, tudo conversado se ajeita e, mesmo com multa, tudo conversado, dá pra se ajeitar”, declarou.

Estádio
A questão aqui não é pressionar, mas toda aquela empolgação para a construção do novo estádio deu uma esfriada. Enquanto o Brusque Jeep Clube já começou a colocar a mão na massa na sua área, a construção da Arena Havan não deu seu pontapé inicial. Claro que a obra vai sair, eu não tenho dúvida disso, só não sabemos quando. Logo, é bom ter em mente que o Bruscão terá que usar o Augusto Bauer ainda por um bom tempo, e provavelmente na Série C do ano que vem. A diretoria tem em mente que existem exigências a serem cumpridas para o uso do Gigantinho em 2020.

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O próximo passo
Passada a Série D, em algumas semanas já inicia a Copa Santa Catarina, que vale vaga para a Copa do Brasil de 2020. A competição precisa ser o pontapé inicial para um projeto ainda maior do Brusque, que passa a estar entre os 60 maiores clubes do país e, com isso, carregando a responsabilidade de fazer uma boa campanha no ano que vem. O que é necessário? Isso é assunto para uma série de análises que serão publicadas aqui a partir da semana que vem.

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