Caso Viúva Negra: confira o que disse Robson de Amorim, segundo réu a ser ouvido no júri desta sexta-feira
Ele é acusado de participar da morte de Edinei da Maia
Ele é acusado de participar da morte de Edinei da Maia
O segundo réu a prestar depoimento no júri do Caso Viúva Negra nesta sexta-feira, 6, foi Robson de Amorim, conhecido como Grilo. Ele é acusado de participação na morte do empresário brusquense Edinei da Maia, assassinado com agressões brutais na cabeça e no tórax e, posteriormente, enterrado.
O corpo da vítima foi encontrado quase três meses depois, em 15 de junho de 2024, em avançado estado de decomposição.
No depoimento prestado no início da tarde, Grilo relatou detalhes do dia do crime, descrevendo a movimentação dos envolvidos e os momentos de tensão que presenciou.
Grilo afirmou que foi ele quem mostrou o local onde o corpo seria enterrado. Segundo o réu, pediram para que ele indicasse um lugar “bom” para que os outros acusados fizessem “uma cena” com Edinei. Ele diz ter entendido que a intenção era apenas dar um susto, e não matá-lo — embora soubesse que havia uma cova pronta no local.
Ele contou que permaneceu na caminhonete dele enquanto os demais envolvidos seguiram para a execução metros acima na mata onde estavam.
“Eu fiquei na caminhonete usando drogas e bebendo. Deu dez minutos assim no máximo, eu escutei dois tiros, mas não sei quem atirou”, relatou.
Grilo também descreveu o que teria sido a reação de Patrick — apontado por ele como o principal executor — logo após os disparos.
Questionado sobre possíveis contradições com declarações anteriores, ele negou ter prestado qualquer depoimento à polícia: “Eu não dei depoimento nenhum. Na delegacia também não. Eu não dei depoimento nenhum. Eu não vi o corpo. Eu só sei onde era a cova”.
Ele disse que todas as ferramentas utilizadas para cavar foram levadas por Patrick.
Sobre o momento posterior ao assassinato, afirmou que Patrick e outro acusado foram os responsáveis por fechar a cova.
O réu também detalhou que os dois envolvidos trocaram de roupa e queimaram os vestígios: “Desceram, botaram fogo na roupa deles e em uma mochila do Edinei”.
Quando questionado se havia visto sangue nas roupas, respondeu que não.
Em outro trecho do depoimento, Grilo disse que continuou ajudando os acusados mesmo após o crime: “Descemos até o final da trilha, onde estava o carro. O Jean (outro acusado) ficou responsável pelo carro. O carro da vítima, no caso”, contou.
Ele negou envolvimento direto com o veículo roubado de Edinei e disse que, ao sair do local, deixou Patrick em casa.
Sobre uma possível motivação financeira, Grilo afirmou não ter recebido nenhum valor. Segundo ele, teria sido prometido um novo jogo de pneus em troca de mostrar o local do crime e ajudar os outros a subirem a trilha. Contudo, como não precisou auxiliá-los, diz que não recebeu nada.
Sobre a vítima, disse que viu Edinei no porta-malas do carro dele quando chegou na mata. Edinei chegou vivo e calmo.
“Pensei até que ele iria fingir a própria morte. Estava calmo e pedia somente para ninguém machucá-lo. Dizia ainda que não olharia para o rosto dos envolvidos”, concluiu.
A cobertura completa e as atualizações do júri do Caso Viúva Negra seguem sendo feitas em tempo real pelo jornal O Município.
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