Caso Viúva Negra: Promotoria explica denúncia de envolvidos em assassinato de empresário de Brusque

Acusados estão em prisão preventiva

Caso Viúva Negra: Promotoria explica denúncia de envolvidos em assassinato de empresário de Brusque

Acusados estão em prisão preventiva

O caso de Edinei da Maia, empresário de Brusque morto a mando da esposa Elisa Zierke dos Passos da Maia, que ficou conhecido como Viúva Negra recebeu novas atualizações. De acordo com a Promotoria de Justiça da Comarca de Brusque, os envolvidos já foram denunciados pelo Juízo Criminal da Comarca. Os acusados estão em prisão preventiva.

Segundo a promotora de Justiça Susana Perín Carnaúba, os autos foram separados em dois processos, um que engloba o homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, porte de arma, crime organizado e furto. Já no outro processo consta o delito de receptação, por ter sido praticado por outros envolvidos.

Em relação ao crime de homicídio, a promotora menciona que foram apontadas várias qualificadoras. Isto é, “todas as qualificadoras que foram possíveis observar com base nas provas, foram denunciadas, visto que o delito foi bárbaro, premeditado, onde a vítima foi levada para fazer um orçamento de uma lápide quando ela mesma foi morta de maneira cruel”.

Foi apontado ainda pela promotora que, até este momento, pelo menos um dos envolvidos tem vínculo com a facção criminosa denominada Comando Vermelho.

“Em todos os delitos que eram permitidos, eles foram denunciados. E as qualificadoras, todas que eu podia colocar, foram colocadas”, afirmou Susana.

O processo se encontra na fase em que os envolvidos serão chamados para indicar advogados para se defenderem. Depois de apresentarem a resposta, o caso pode retornar para a promotora, que poderá rebater alguma preliminar ou argumento. “Depois o juiz vai designar audiência de instrução e julgamento”.

Sem data prevista

Susana pontua que não há data prevista para o processo ser finalizado. Isso, pois alguns envolvidos ainda não foram citados, sendo necessário que contratem advogados e, caso não o façam, a defensoria pública irá assumir a defesa deles. “Neste meio tempo sempre há recursos, desistência de alguns advogados, e tudo isto acaba atrasando, no entanto, em Brusque a Vara Criminal trabalha muito bem e com certeza logo teremos o julgamento”.

“O caminho agora é o juiz receber a denúncia e citá-los para que eles possam se defender no processo”.

Julgamento por júri popular

Como trata-se de um homicídio, o procedimento se dá em duas fases. A 1ª é onde juiz analisa se há, nas provas colhidas, indícios suficientes de autoria e materialidade, assim como se as qualificadoras e demais crimes tem algum suporte válido. Desta forma, o juiz poderá pronunciar os envolvidos ou, entender que não há provas e impronunciá-los.

A 2ª fase ocorre quando os envolvidos são levados para o julgamento junto ao Tribunal do Júri, para serem julgados pelo Conselho de Sentença, ou júri popular.

Caso Viúva Negra

No dia 26 de fevereiro, o jornal O Município publicou uma matéria sobre o desaparecimento de Edinei, que havia sido visto pela última vez no dia 22 daquele mês.

Na ocasião, a esposa dele, Elisa, informou que ele havia saído da residência, no bairro São Luiz, por volta das 5h para fazer um orçamento de túmulo em um cemitério de Vidal Ramos. Após sair de casa, ele não teria sido mais visto. Edinei era proprietário de uma marmoraria.

Quatro meses depois, no dia 15 de junho, um corpo foi encontrado em uma cova no limite entre Brusque e Canelinha. Ele foi identificado posteriormente como Edinei.

Na manhã da sexta-feira, 21, quatro pessoas foram presas pela polícia em Brusque, incluindo Elisa. Mais tarde naquela manhã, um homem que estava foragido também foi preso.

Em coletiva de imprensa, realizada no mesmo dia das prisões, o então delegado Alex Bonfim Reis informou que Elisa planejou a emboscada do marido em Vidal Ramos, além do assassinato dele. Ele foi rendido no município e levado no próprio carro até Canelinha.

A cova em que ele foi encontrado já estava cavada. Segundo o delegado, os criminosos fizeram um churrasco no local após a conclusão da abertura da cova.

Segundo a divulgação do delegado, a contratação de um assassino ocorreu sob a justificativa de que o empresário agredia a mulher e abusava de crianças. Conforme apurado, havia um registro de violência doméstica de Elisa contra Edinei feito em 2012. Porém, a hipótese de agressão foi descartada pela Polícia Civil.

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