Aquele começo de julho de 1983 foi de dificuldades e muita angústia para a população do Vale do Itajaí. No dia 6 daquele mês, teve início a chuva forte na região e uma das cidades mais atingidas foi Blumenau.
O rio Itajaí-Açu atingiu pico máximo de 15 metros, sendo que por 5 dias seguidos, o nível permaneceu acima dos 11 metros nesse município.
A enchente de 1983 matou 49 pessoas e deixou 197.790 mil desabrigados em 90 municípios catarinenses, segundo dados da Defesa Civil do estado. Para se ter uma ideia da dimensão da tragédia, a Prefeitura de Blumenau ficou completamente ilhada.
Muitas casas foram arrastadas, pessoas tiveram que se abrigar em sótãos, em marquises. Faltou água e comida. No centro ou nos bairros, o cenário era desolador.
Não havia energia, água potável ou telefone. Quem podia, ajudava. Conforme a Defesa Civil, as cidades mais atingidas foram Blumenau, Itajaí e Rio do Sul.
Na minha visão, aquela enchente de 1983 foi uma das piores, senão, a pior catástrofe climática ocorrida no Vale do Itajaí em termos de danos.
Por sorte ou pela ajuda de Deus, Brusque na ocasião não sofreu grandes transtornos com o nível do Rio Itajaí Mirim, que por sinal subiu também, mas não a ponto de causar problemas sérios aos brusquenses, que tiveram sua enchente catastrófica no ano seguinte, em agosto de 1984.
A capacidade de reconstrução da população atingida naquela ocasião superou os fatos do desastre. Que fique aqui esse exemplo, de que nunca é tarde para recomeçar.