Dia do Professor: Professoras desenvolvem projeto sobre exercício do voto
Educadoras do Colégio São Luiz ensinaram o processo eleitoral através de simulação em sala de aula
Educadoras do Colégio São Luiz ensinaram o processo eleitoral através de simulação em sala de aula
A cidadania e a consciência sobre a democracia são questões que devem ser trabalhadas desde cedo e, no Colégio São Luiz, não foi diferente. As professoras Natália Lucas Dutra Bortoluzzi e Daniele Maestri Battisti Archer desenvolveram, com as turmas do quarto ano do Ensino Fundamental, o projeto Voto Legal. Nas atividades desenvolvidas, os alunos compreenderam o processo eleitoral através de simulação em sala de aula. Cada turma formou chapas, decidiu propostas, distribuiu santinhos com o objetivo de eleger o presidente de sala.
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“A ideia era desenvolver propostas pensadas para o ambiente escolar, para a sala de aula, o recreio. Os alunos se engajaram muito, organizamos debates, eles fizeram jingles para convencer a turma a votar em sua chapa”, conta Natália, que é professora de duas turmas de quarto ano.
A votação foi feita numa urna eletrônica idêntica à utilizada nas eleições. Ela foi desenvolvida pelo esposo de Natália, que é professor de robótica, e permitia que três chapas fossem inscritas. Os alunos tinham um título de eleitor – válido, claro, apenas para as eleições do quarto ano do Colégio São Luiz -, votaram numa cabine de votação, passaram pelas mesárias e receberam o comprovante de votação.
Na turma da professora Daniele, surgiram cinco chapas. Porém, como a urna eletrônica comportava apenas três, aconteceu quase que um “primeiro turno”, para decidir quais seriam as chapas que poderiam ser votadas no dia da eleição. “A minha turma tem um perfil muito crítico, muitos alunos têm esse perfil de liderança. Aproveitei isso para explicar como funciona a nossa política: há os líderes; aqueles que gostam de ajudar, que podem ser, por exemplo, os vereadores; e aqueles que preferem votar, que são os eleitores.”
Através dos exemplos dados pela professora, os alunos passaram a compreender melhor o sistema eleitoral e também o funcionamento dos três poderes. Esse é o conteúdo programático do quarto ano, que trabalha a política voltada para a resolução de problemas e a cidadania – e, coincidentemente, no período eleitoral. “As crianças começaram a me perguntar o que é o voto, como se faz para votar, muito curiosas. E, como fazia parte do conteúdo trabalhado em sala, decidimos fazer esse projeto”, conta Natália.
As professoras contam que os alunos, muito envolvidos na atividade, ficavam em dúvida na hora de votar, com receio de não estarem escolhendo a melhor chapa para os representar. “Isso despertou muito a consciência do voto. Eles até carregam o título na mochila, como se fosse um documento deles”, contam.
Profissão professor
Para Natália, ser professora é a realização de um sonho: ela conta que decidiu pela profissão ainda muito novinha, aos nove anos de idade. “Eu dava aula para as crianças do meu bairro, ensinei o afilhado da minha mãe a ler.” Além de ter feito magistério, ela é tradutora de libras, e é apaixonada pela educação inclusiva. “O momento em que mais se aprende é na sala de aula, não sei fazer outra coisa”, diz.
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Porém, de alguns anos para cá, a profissão tem passado por uma desvalorização. A coordenadora pedagógica da escola, Silvana Kunel Pereira, afirma que todas as profissões passam pela mão do professor. “Enquanto instituição, estamos resgatando essa valorização, que se perdeu um pouco. Para trazer isso à tona, desenvolvemos a Semana do Educador, pois todos os funcionários da escola contribuem para a educação dos nossos alunos.”
Daniele acredita que ser professor é mais do que uma profissão, é um olhar diferenciado, uma vocação. “A gente nunca deixa de ser professor, é uma condição, eu acho”, concorda Natália, aos risos.
As duas professoras contam que, todo final de ano, é o mesmo sofrimento: deixar os alunos seguirem em frente em sua formação. “Nós criamos um vínculo muito grande com cada turma”, diz Natália. “A gente não esquece o formato da letra, errinhos que eles cometiam, cada um dos alunos. Eles podem estar no terceirão, a gente lembra ainda”, finaliza Daniele.