Intercambistas do Colégio São Luiz retornam após 40 dias na Indonésia

Primeiro intercâmbio para o país asiático teve o objetivo de promover a aproximação entre as instituições dehonianas

Intercambistas do Colégio São Luiz retornam após 40 dias na Indonésia

Primeiro intercâmbio para o país asiático teve o objetivo de promover a aproximação entre as instituições dehonianas

Após 40 dias na Indonésia, os alunos do Colégio São Luiz estão de volta a Brusque. Amanda Erthal da Cunha, Guinter Comper, Henrique Cinelli Pedroso e Letícia Stumpf de Souza retornaram do intercâmbio na última semana e, na bagagem, trouxeram experiências únicas e inesquecíveis.

Este foi o primeiro intercâmbio do Colégio São Luiz para o país asiático. Os estudantes foram acompanhados da coordenadora do Programa Bilíngue, Mariane Werner Zen, e do frater Ricardo Vinter, scj da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus.

Todos voltaram encantados com tudo o que viram e viveram nos últimos 40 dias. Para os estudantes, a experiência foi transformadora. “Foi uma viagem de crescimento, não apenas como estudante, mas principalmente, de crescimento como pessoa. Vivemos uma diferença cultural grande e foi incrível. Conhecemos muita coisa, muitas pessoas. Fomos em um parque de elefantes, visitamos um vulcão ativo, conhecemos o maior templo budista do mundo. Vivemos experiências únicas”, destaca Guinter.

Vida simples

A vida simples que o povo da Indonésia leva e a valorização da cultura local estão entre os pontos mais marcantes citados pelos alunos.

“Percebemos que eles são menos ligados aos bens materiais. Conhecemos famílias muito ricas, vivendo de maneira simples. Para eles, o mais importante é a família, a religião. Os bens materiais estão em segundo plano”, observa Amanda.

“Eles vivem uma vida bem simples, mas extremamente feliz. Isso me impactou bastante”, completa Letícia.

A harmonia entre as diferentes religiões praticadas no país também chamou a atenção dos jovens de Brusque.

Na Indonésia, a maior parte dos habitantes é muçulmana, mas há também budistas, hinduístas, católicos e protestantes.

“O jeito que eles convivem, com religiões totalmente diferentes, é muito bonito. Eles são próximos, há um respeito muito grande”, ressalta Amanda.

Vivências

Durante os 40 dias, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer a cultura e a rotina local por completo. Nos primeiros dias da viagem, os jovens ficaram hospedados em conventos da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, nas cidades de Yogyakarta e Palembang.

Depois, partiram para a cidade de Metro, onde frequentaram as aulas e ficaram em alojamentos da escola. Lá, também puderam vivenciar a experiência de serem acolhidos em casas de famílias, experimentando o dia a dia de um morador local. A última parte da viagem foi em Jacarta, capital da Indonésia, onde os intercambistas conheceram uma nova escola e também foram recebidos por famílias.

“Esses 40 dias foram uma experiência única. Adorei cada momento e procurei viver intensamente por saber que não teria uma nova oportunidade como essa”, destaca Henrique.

Os estudantes do Colégio São Luiz contam que foram muito bem acolhidos desde o primeiro dia no país, e que os indonésios faziam questão de incluí-los em todas as atividades, principalmente as culturais.

Durante o intercâmbio, os jovens também fizeram muitas amizades e pretendem manter contato frequente com os novos amigos. Entre eles, é unânime o desejo de algum dia retornar para a Indonésia para rever as pessoas e também conhecer novos lugares do país asiático.

Bárbara Sales/Ideia Comunicação

Importância do inglês

O idioma oficial na Indonésia é o indonésio, entretanto, há mais de 700 dialetos que também são falados no país. Os intercambistas aprenderam o básico do idioma oficial, mas a comunicação era feita em inglês.

A professora Mariane, que acompanhou os estudantes, ressalta que as crianças nas escolas visitadas na Indonésia falam inglês muito bem e isso possibilitou uma comunicação melhor entre eles e os intercambistas.

“Encontramos muitas crianças falando inglês. Tanto os alunos de lá, quanto nós, vimos a importância da língua inglesa, porque o idioma nos permitiu fazer novas amizades, e conhecer a cultura do país”.

A professora lembra que durante as aulas cada intercambista foi acompanhado por algum aluno local que falava inglês e ajudava na tradução.
“Eu consegui até aprender alguns conteúdos. Os professores se esforçaram muito para que pudéssemos participar das aulas e entender o que estava sendo ensinado”, ressalta Henrique.

Dehonianos na Indonésia

Durante a viagem, os intercambistas também conheceram o trabalho realizado pela Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus na Indonésia.

A professora Mariane destaca que os Dehonianos estão no país há quase 100 anos e, assim como no Brasil, realizam um trabalho forte na educação.

“Quando os padres chegaram na Indonésia, convidaram as Irmãs da Caridade para ajudá-los no serviço educativo, assim como aconteceu em Brusque, com as Irmãs da Divina Providência”.

Segundo ela, as duas escolas dehonianas são bastante unidas, mesmo localizadas em cidades distantes. “Lá eles cultivam muito os valores do amor, compaixão, prontidão e sacrifício. Nós apresentamos sobre o Colégio São Luiz e enfatizamos muito a frase de padre Dehon: ‘mente aberta e coração aberto’, que significa ter a mente aberta ao diferente, ao novo, e um coração que acolhe e respeita o diferente”.

O frater Ricardo Vinter, que também acompanhou o grupo, ressalta que o catolicismo é vivido no país com bastante intensidade. “Como são minoria, precisam criar um vínculo com a comunidade, porque nem sempre o vizinho é cristão, é católico, então fazem isso na igreja. É bonito perceber que vão mais cedo na missa, e depois ficam conversando, sem pressa, cultivando os laços”.

Ele observa ainda o trabalho realizado pela congregação nas escolas, principalmente, abraçando as diferenças.

“É bonita essa caminhada deles nos colégios, esse apostolado que fazem no campo da educação, no sentido de perceber que existem, às vezes, mais alunos muçulmanos no colégio católico do que cristãos, ou mais protestantes, e conseguimos perceber que eles conseguem vivenciar isso de uma forma sadia, respeitando as diferenças”.

A ideia agora é manter a relação entre as duas escolas da Indonésia e o Colégio São Luiz, por meio de intercâmbio on-line, até que seja possível a vinda de estudantes do país asiático para Brusque. “Nos propomos a continuar cultivando os nossos vínculos, porque essa foi a nossa missão lá, promover a integração entre as escolas dehonianas”, finaliza a professora Mariane.

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