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Mais de 80 animais silvestres são resgatados e cinco pessoas são presas em Joinville durante operação

Também foram apreendidos 41 ovos de jabuti

Mais de 80 animais silvestres são resgatados e cinco pessoas são presas em Joinville durante operação

Também foram apreendidos 41 ovos de jabuti

Cinco pessoas foram presas em flagrante, e ao menos 82 animais silvestres ou exóticos foram resgatados na manhã desta quarta-feira, 28. A ação faz parte da Operação Axolote, do Gaeco — Grupo de Combate às Organizações Criminosas — e da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina (PMA-SC), que teve alvos em Joinville.

Em coletiva de imprensa, a PMA-SC e o Gaeco divulgaram números parciais e detalhes da operação. Entre as apreensões estão 41 ovos de jabuti, além de armas, munições, celulares e documentos falsificados.

Mais de 170 agentes de forças de segurança estiveram envolvidos na ação para cumprir 27 mandados de busca e apreensão.

O alvo da operação foi uma organização criminosa que atua no tráfico de animais silvestres e exóticos. Os animais encontrados são de diversas espécies, principalmente aves, répteis e anfíbios. A investigação foi desencadeada a partir de uma fiscalização ambiental realizada pela PMA-SC em 2022.

Ministério Público de Santa Catarina/Divulgação

Segundo a promotora titular da 21ª Promotoria de Justiça de Joinville, Simone Cristina Schultz, os crimes cometidos implicam tanto na Lei dos Crimes Ambientais quanto no Código Penal, o que pode aumentar a pena em caso de futuras condenações.
“Essas medidas de repressão ao tráfico e comércio de animais silvestres vão permanecer acontecendo e vão se fortalecer ainda mais daqui para frente”, comenta a promotora.

Ela define a situação como cruel e de grande impacto ecológico. “Qualquer ação contra os animais pode causar danos irreversíveis”, diz Simone. A promotora também reforça que a população não deve estimular casos em que animais silvestres são domesticados ou utilizados até mesmo como “entretenimento”.

Neste momento, a operação segue tramitando em segredo de Justiça. Porém, foi possível identificar que o grupo agia de forma organizada, com etapas de captura de animais, transporte para outros locais e comercialização. O major Ruy Florêncio Teixeira Junior, comandante da 2ª Companhia de Polícia Militar Ambiental, explica que o grupo também falsificava documentos.

“Boa parte desses animais a gente não encontrou em mera situação de irregularidade, mas em uma situação de maus-tratos”, comenta Ruy.

Os animais resgatados serão encaminhados para tratamento em estabelecimentos credenciados junto ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Após o restabelecimento das condições, os animais serão devolvidos aos seus habitats naturais.

Esta operação também é histórica para o Gaeco e para a PMA-SC. Para o Gaeco, é a primeira vez no estado que uma operação voltada a crimes contra animais é realizada. Já para a PMA-SC, é o maior número de mandados de busca e apreensão cumpridos pela instituição no estado.

Agora, o material coletado seguirá para análise do Gaeco, podendo desencadear novas fases da operação. As pessoas flagradas cometendo crimes seguirão para processos administrativos e judiciais.

Axolote: símbolo da operação

Segundo o major Ruy, a operação leva o nome em referência ao “axolote”, um anfíbio endêmico dos lagos do México, que foi avistado durante as investigações.

O animal é conhecido por sua capacidade de regenerar membros e até partes do cérebro, simbolizando a resiliência e a renovação. Atualmente, o anfíbio está criticamente ameaçado de extinção devido à poluição, perda de habitat e introdução de espécies invasoras em seu ambiente natural.

“Dadas as características dele de resiliência e regeneração, é o que a gente quis trazer para a operação”, comenta o major.

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