Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O povo educa os políticos

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O povo educa os políticos

Pe. Adilson José Colombi

Próximo domingo, dia 28, os eleitores (as) são convocados mais uma vez para uma eleição. Desta feita, há dois candidatos, pois é segundo turno das eleições. Só eles podem ser sufragados lícita e validamente. Todavia, há possibilidade de votar no candidato A ou B. Mas, também, o eleitor (a), se desejar pode optar pela opção C. Isto é, pode votar em branco ou anular seu voto ou mesmo não comparecer ao local de votação, depois justificar sua ausência.

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Contudo, segundo as pesquisas feitas, a fatura já foi feita. Conforme esse viés, o fato é: a eleição está decidida. Como se chegou a esse resultado. Bem, é bom voltar lá pelo ano 2013. Todos ainda se lembram daquele movimento de massas, nas ruas da grande maioria das cidades. Era a grande maioria do povo que, simbolicamente na rua, estava dizendo um basta à velha política, encarnada pela maior parte dos partidos políticos (aliás, apenas siglas), comandadas pelo lulopetismo (Lula, por meio do governo da sua inesquecível criatura política Dilma e claque petista). Era o povo dizendo aos gritos, para ser ouvido, chega de corrupção, de enganação, embustes. Chega de mensalão, de petrolão…

Quem vai vencer, portanto, não é nem o candidato A ou B. Mas, a rejeição ao lulopetismo, à política e aos políticos que se especializaram em “levar vantagem para si ou para seu grupo ou partido”, em detrimento do bem comum. No primeiro turno, a maioria do povo baniu quase todos os políticos comprometidos com a corrupção (graças à Lava Jato), com artimanhas políticas de bastidores, com raras exceções. Agora, no segundo turno, tudo indica que o esquema montado, nos últimos 15 anos, que “vai para o brejo”. Foi e é uma bela e boa limpeza! Tomara que dure para sempre!

A mim me pareceu que é o povo, pouco a pouco, educando os políticos e seus partidos a começar a pensar e agir de modo diverso, em política, se quiserem sobreviver. Tomara que esse modo de agir da grande maioria do povo possa se cristalizar e se aperfeiçoar sempre mais para o bem de toda a Nação. Sem dúvida, veio um pouco tarde, mas é melhor do que sem essa “limpa” do terreno. Teria sido bem mais produtiva, a meu ver se tivesse acontecido há uma década. Mas, agora, por enquanto está de bom tamanho.

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Não pense o prezado leitor e a estimada leitora que sou partidária de que uma eleição muda tudo de uma só tacada. Longe disso! Mas, é um bom começo. O fato é que no final do próximo domingo estamos diante de um fato: o país estará diante de nova realidade, um novo governo. Que tudo indica que seja diferente. Então, é preciso se adaptar, tanto o governo que se instala em Brasília, como a oposição. O povo mostrou nas praças e nas urnas que não aceita mais as “velhas medidas políticas”. Tanto os da situação como os da oposição já precisam ir, pouco a pouco, se habituando a esse novo cenário político-social. Um cenário que certamente não será possível viabilizar tudo o que a imaginação dos políticos e dos apoiadores projetou.

Segundo minha particular visão, no segundo turno a grande maioria do povo mostrou mais uma vez que não aprecia nem aceita extremismos tanto de direita como de esquerda. Mostrou isso com repulsa explicitada nas pesquisas. Os candidatos, gradativamente, tiveram que migrar em direção ao centro, se quiseram dialogar, ser entendidos e aceitos pelos eleitores. Por isso tanto Haddad como Bolsonaro tiveram que educar seus ímpetos de linguagem e de atitude para se comunicar e ser aceitos pelos eleitores. Mais uma vez, o povo educando seus políticos. Tomara que seja sempre assim!

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