Obra de drenagem inacabada prejudica moradores e comerciantes da rodovia Antônio Heil
Defeito no asfalto no sentido Itajaí-Brusque torna o trecho perigoso e requer muita atenção dos motoristas
Defeito no asfalto no sentido Itajaí-Brusque torna o trecho perigoso e requer muita atenção dos motoristas
Há quase seis meses, os moradores, motoristas e comerciantes do bairro Limoeiro, no limite entre Brusque e Itajaí, precisam conviver com uma espécie de buraco que se estende por toda a pista da rodovia Antônio Heil, no sentido Itajaí-Brusque.
No local, no mês de agosto, foi iniciada uma obra de drenagem – após o trecho ser duplicado e asfaltado – nas proximidades do Hotel Eudóxio e do Super Progresso. O trabalho, entretanto, não durou muito, já que a implantação das galerias começou a afetar a estrutura dos prédios prontos e a parte do asfalto que foi mexida para a obra foi abandonada, sem nenhum reparo emergencial.
Num primeiro momento, a pista estava interditada, e o tráfego acontecia somente em pista simples. Porém, com a chegada da temporada de verão e o aumento do movimento na rodovia, os moradores solicitaram a liberação da via. A empresa fez a liberação, porém, não efetuou reparos.
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Hoje, ao chegarem a Brusque, os motoristas precisam de atenção. Os próprios moradores colocaram cones sinalizando o problema no asfalto para evitar maiores transtornos. Mas ainda assim, o local se torna perigoso e têm prejudicado, sobretudo, o comércio daquela área.
Proprietária de uma loja de utilidades, Sirlei Santos diz que além da poeira, que é intensa devido ao grande movimento da rodovia, está cada vez mais perigoso acessar a loja. “Os clientes reclamam muito. O nosso movimento caiu muito depois que deixaram a rodovia deste jeito. Tem muito carro que passa pelo acostamento, ou então vai pela pista contrária para não passar pelo buraco. Está muito perigoso”.
A proprietária do restaurante que fica bem em frente ao buraco, Josiane Feliciano classifica a situação como um descaso. “Começaram a passar a galeria, começou a desmoronar o muro que tinha aqui, eles fecharam e deixaram desse jeito. As pessoas não param aqui porque veem toda essa situação e preferem não parar porque pode até acontecer um acidente”.
Ela destaca que a empresa que executa a obra, o Consórcio Triunfo-Compasa, poderia ter asfaltado este trecho até que o problema na drenagem seja resolvido. “É só um pedaço, mas nos causa muito transtorno, não custava asfaltar. O nosso movimento poderia estar muito melhor. Não sabemos mais o que fazer”.
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A empresária diz ainda que os comerciantes do local já entraram em contato com a empresa diversas vezes, mas o problema está longe de ser resolvido. “Um joga para o outro, não sabemos com quem falar. Primeiro, nos falaram que no começo de fevereiro seria consertado, depois já jogaram o prazo para março”.
Rodrigo Lang, funcionário de uma loja de roupas no local também está incomodado com a situação. “Eles largaram a obra e deixaram assim. Afetou demais o nosso comércio e quando chove é pior ainda porque tem lama. Está demorando para dar um acidente grave aqui porque está complicada a situação”.
O Município entrou em contato com o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). Por meio da assessoria de comunicação, o órgão informou que a pista foi liberada com um serviço paliativo a pedido da comunidade e que a empresa já foi notificada para asfaltar o trecho danificado. No entanto, não há um prazo para que isso ocorra.