Operação Pelznickel: saiba como atuavam os caçadores ilegais de Guabiruba e região
Eles abatiam diversos animais silvestres no Parque Nacional da Serra do Itajaí
Eles abatiam diversos animais silvestres no Parque Nacional da Serra do Itajaí
Em coletiva de imprensa realizada em Blumenau na manhã desta terça-feira, a Polícia Militar Ambiental (PMA) e a Polícia Federal divulgaram novas informações sobre a Operação Pelznickel, que visa desarticular uma rede de caçadores que atuava no Parque Nacional da Serra do Itajaí.
De acordo com a delegada da PF, Anelise Wollinger Koerich, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Guabiruba, seis em Blumenau, dois em Rio dos Cedros e um em Indaial. Além disso, três investigados foram presos em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.
Ainda segundo a delegada, alguns dos suspeitos possuem autorização para o porte de arma de fogo, entretanto estavam desviando esse armamento para abater animais no Parque Nacional da Serra do Itajaí. A delegada ressalta que a PF continua a Operação Pelznickel a fim de identificar outros indivíduos.
“Esses caçadores se organizam em células. Nós identificamos que eles entram na mata e constroem espécies de cabanas de apoio logístico no interior do parque para apoiar que a caçada se promova por dias sucessivos. Utilizam também cachorros especialmente treinados para o abate dos animais silvestres”, destaca a delegada.
Até o momento, foram apreendidas 15 armas de fogo, 1,1 mil munições, uma luneta, uma mira laser, 15 celulares, 11 armadilhas, dois GPS, seis rádios comunicadores, 41 apitos, quatro coleiras com GPS e uma rede névoa. Também foram apreendidas 10 carcaças de animais e uma ave.
Conforme o comandante da PMA, Robson Savitraz, a investigação teve início em novembro de 2023 após denúncias de moradores. A PMA identificou grupos criminosos que praticavam o crime em diferentes horários do dia e abatiam diversos animais silvestres, como veados, quatis, catetos, pacas, cutias, aves, tatus e macacos. Com isso, a polícia descobriu que havia uma “comunidade de caçadores” e, então, procurou a PF para deflagrar a operação.
O grupo criminoso possuía membros que atuavam como “olheiros”, cuja função era avisar os caçadores ao detectar a presença dos órgãos de fiscalização. Os envolvidos responderão por crimes contra o meio ambiente, porte e posse ilegal de arma de fogo e envolvimento em organização criminosa voltada à prática ilegal de caça.
A Operação Pelznickel mobilizou 59 policiais militares ambientais e 54 policiais federais.
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