O Brusque enfrenta o XV de Piracicaba amanhã precisando da vitória a qualquer custo. Está na cartilha: para se classificar é necessário matar os três jogos em casa e beliscar um ou dois fora. Aí a vaga é certa. O time esteve bem longe do ideal contra o Operário de Ponta Grossa, pagando o preço da preparação atrasada. Mesmo assim, o técnico Pingo disse que gostou do que viu.

Acontece que, para amanhã, não basta gostar. É necessário vencer, sob pena de deixar um adversário disparar e, se o Operário ganhar o Rio Grande, tornar o cenário bem complicado já na segunda rodada. Não é fácil entrar num jogo de pressão com tão pouco tempo de treinamentos. Mas, se quem está na chuva é pra se molhar, espero que esta semana tenha sido sensacional para que o time entre nos eixos.

Brusque perdeu para o Operário (PR) na estreia do Brasileirão Série D, no domingo passado – Crédito: Bianca Machado/Operário

Vitória daquelas
O torcedor da Chapecoense viveu um dia muito pesado. A notícia da punição dada pela Conmebol do caso do jogo contra o Lanús foi dura. O erro que custou uma possível classificação para a segunda fase da Libertadores quebrou o clima que era tão bom depois das vitórias na Argentina e em casa, contra o Palmeiras.

A partida contra o Zulia ainda valia uma ida para a Sul-americana, que não é a mesma coisa, mas é uma opção a mais no calendário. Público menor, torcida meio que abatida, frio, muita chuva. Não era um clima convidativo.

O final foi sensacional. Tudo estava dando errado. O Zulia, time muito fraco, conseguiu sabe-se lá como, fazer 1 a 0. Diante do maior volume de jogo da Chape (foram quase 30 chutes a gol contra 4 do adversário), era de se esperar uma virada. O tempo passava e nada. Era bola na trave, pra fora, defesa do bom goleiro Vega. Cresceu o desespero. Chegou a reta final. Como num negócio sobrenatural, Arthur Caike empatou e, no lance seguinte, Girotto furou uma defesa que abusava da sorte, para virar a partida e carimbar a vaga na Sul-americana.

Olha como é o futebol: se quem foi no estádio estava abatido no começo com a ducha de água fria dada pela Conmebol, a vitória sobre o Zulia, da forma como aconteceu, meio que apaga a triste notícia da eliminação. Amanhã estará em todos os cantos a reação espetacular da Chape, que em dois minutos virou uma partida dada como perdida.
E assim o time seguirá seu caminho, entrando com boa motivação em mais uma competição, em busca de mais uma conquista. O time já mostrou que tem qualidade. Foi tirado da Libertadores por um erro interno, que serve como lição. Agora é mirar para a frente que tem muita coisa pra acontecer.


Estádio
Surpreende positivamente a notícia de que o Brusque solicitou junto à prefeitura o uso de parte do terreno da Vila Olímpica para a construção do estádio. Entendo que a partir de agora o clube vá atrás dos investimentos necessários para a obra. A administração já sinalizou há algum tempo que vai concluir o asfalto na Estrada da Fazenda.


Empresas
Por outro lado, não me agradou a ideia do secretário de Desenvolvimento Econômico e ex-presidente do Brusque, João Beuting, de destinar parte da área da Vila para a instalação de empresas. Existem várias entidades esportivas que participaram de reuniões pleiteando o espaço para montarem suas estruturas lá. Até mapa já existe. Bom lembrar que a área em frente ao pavilhão da Fenarreco não ficará disponível para sempre, uma vez que o acordo com a Família Hoffmann já foi selado.


Belusso
O atacante, hoje no Londrina, recebeu dois troféus na eleição dos melhores do Campeonato Catarinense, incluindo a eleição do craque do torneio. Conversei rapidamente com ele depois do anúncio, e ele disse estar muito feliz. Agradeceu ao Brusque pela oportunidade e pela porta que abriu. Ele foi um dos últimos jogadores a chegar no clube, e acabou sendo um dos mais importantes. Mineiro, Eliomar, Pingo e o preparador George Castilhos também levaram troféus.