A Paróquia Bom Pastor é formada pela Comunidade Centro e também pelo ponto de pregação da Rua Nova Trento, mas nem sempre foi assim. Até 1996, a paróquia era a responsável por atender toda a comunidade de Brusque, além das cidades vizinhas de Guabiruba, Nova Trento e São João Batista.
Em 1996, foram criados três pastorados na Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Brusque, possibilitando um melhor atendimento às nove comunidades e aos pontos de pregação.
Em 2003, a Paróquia Evangélica de Confissão Luterana de Brusque passa a ser União Paroquial. Surge, então, a paróquia Martim Lutero, no Bateas, e a paróquia Unidos em Cristo, no Paquetá, que juntas com a paróquia Bom Pastor, no Centro, atendem a comunidade luterana da região.
A União Paroquial de Brusque é comandada pela pastora Cristiane Plautz. Ela é a responsável por organizar as três paróquias de Brusque.
A pastora não tem uma paróquia específica, faz um rodízio atendendo as comunidades vinculadas às três paróquias brusquenses e atua, principalmente, na coordenação da visitação a pessoas doentes, enlutados e idosos. “Temos equipes de visitação nas paróquias e eu comando essas equipes”, destaca.
Paróquia Martim Lutero
A paróquia Martin Lutero tem em torno de 1027 membros e está localizada no bairro Bateas, localidade onde a comunidade luterana teve início em Brusque. A paróquia é responsável por atender quatro comunidades: Bateas e Santa Terezinha, em Brusque; Holstein, Lorena e o ponto de pregação no Sternthal, em Guabiruba.
Os pastores responsáveis pela paróquia são Roland Brüggemann e Aline Stüewer. Os dois dividem o trabalho. Pastor Roland atende o Holstein e Santa Terezinha e a pastora Aline as comunidades de Bateas, Lorena e Sternthal. “Dividimos para facilitar o trabalho. Todas as comunidades têm suas igrejas e salões comunitários, com uma estrutura física muito boa, todos muito caprichosos”, diz o pastor Roland.
A pastora Aline destaca que essas comunidades já tem uma história que vem de antes da criação da paróquia. “Essas comunidades já existiam. A comunidade do Holstein ano que vem vai completar 60 anos, Lorena esse ano completou 40 anos. Bateas é ainda mais antiga”.
Para eles, estar à frente das comunidades no momento em que é comemorado os 500 anos da Reforma Luterana é um orgulho e também um desafio.
“A nossa igreja sempre está em reforma. Mais do que festejar, procuramos refletir o que foi esse passado, como foi a luta para chegar lá e agora, 500 anos depois, existir, com todos os percalços e alegrias. E também olhar pra frente. Somos uma igreja tradicional, mas muito aberta, ecumênica”, diz pastor Roland.
“Agora são outros 500. Somos uma igreja que tem seus desafios diante e uma sociedade cada vez mais com seus problemas específicos, que talvez no tempo de Lutero não tinha, mas que hoje estão aparecendo. Como a igreja vai estar presente nessa sociedade. Esse é um dos nossos desafios”, observa pastora Aline.
Paróquia Unidos em Cristo
Com sede no bairro Paquetá, a paróquia Unidos em Cristo é formada por cinco comunidades: Paquetá, Santa Luzia, Dom Joaquim, Claraíba, em Nova Trento, e São João Batista. A paróquia é liderada pelo pastor Hilton Jair Gorris com o auxílio do diácono Cleomar Raach, que reside em São João Batista. Atualmente, a paróquia conta com 1.150 membros.
O pastor Hilton destaca que o templo de Dom Joaquim, que pertence hoje à paróquia Unidos em Cristo, foi o primeiro construído após a igreja do Centro, em 1956. “Foi a primeira igreja luterana em um bairro de Brusque. Tem uma relevância histórica importante”, afirma.
O pastor se divide no atendimento das comunidades e conta com o auxílio do diácono Cleomar, que também vem a Brusque para fazer o atendimento da comunidade luterana. “Eu fico mais nas comunidades de Brusque e o diácono faz São João Batista e Claraíba, mas às vezes nós trocamos”.
O pastor atua na paróquia desde 2010 e tem a companhia da esposa, a pastora da União Paroquial, Christiane Plautz.
Para ele, os 500 anos da Reforma Luterana marca o início de novos desafios.“É uma grande comemoração e também grande responsabilidade. Os 500 anos chegaram e que igreja a gente quer ser para os próximos 500?Nossa igreja sempre tem novos desafios, tem que fazer o Evangelho chegar nas pessoas, ainda mais em tempos tão conturbados como os de hoje”.