Viroses estão entre as principais causas de atendimento nos pronto-socorros na região

Maior parte das consultas nos hospitais diagnosticam gastroenterites

Viroses estão entre as principais causas de atendimento nos pronto-socorros na região

Maior parte das consultas nos hospitais diagnosticam gastroenterites

As altas temperaturas, a diminuição no prazo de conservação de alimentos devido ao calor, o excesso de pessoas no litoral e a falta de cuidados constantes com a higiene fazem com que todo ano os hospitais precisem atender casos de viroses, principalmente nos períodos de férias. O Hospital Azambuja e o Hospital Imigrantes, em Brusque, a Associação Hospitalar de Guabiruba e o Hospital Monsenhor José Locks, em São João Batista, registram aumento no movimento. Até mesmo quem não passou dias ou semanas nas praias acaba contraindo a doença, através do contágio com pessoas conhecidas que foram afetadas.

O chefe de pronto-socorro do Hospital Azambuja, Rafael Franceschetto, destaca que doenças como disenteria e infecções bacterianas também ocorrem com mais frequência, com a diferença que a virose, como o nome sugere, é causada por vírus. Ele estima ainda que 70% das consultas são em virtude das gastroenterites, o tipo diagnosticado mais frequentemente.

“Algo que difere também é o grau de desidratação. [As doenças vêm] de comunicação fecal-oral. Má higiene, temperatura que fermenta os alimentos servidos, refrigeração insuficiente dos alimentos e o contato interpessoal são fatores que transmitem a gastroenterite. Algo parecido ocorre no inverno, mas com a gripe.”

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Na Associação Hospitalar de Guabiruba, 80% dos atendimentos durante o dia são sobre viroses, de acordo com a coordenadora Roseli Kohler. A maioria das viroses atendidas são as gastroenterites. O principal método de prevenção é o cuidado com a higiene das mãos e com a água que se consome. A conservação dos alimentos também precisa ser feita de maneira correta, com refrigeração, quando é o caso.

“Muitas pessoas nem foram para a praia e contraíram a virose. Atualmente, metade dos casos é de gente que não foi para a praia. Ingestão de água da rede, ou de água de poço não tratada, é bem variado. É mais a questão higiênica. O contágio é simples, uma pessoa com virose que não lavou muito bem as mãos, por exemplo, encosta em uma maçaneta que depois será tocada por alguém saudável, por exemplo.”

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Os principais sintomas que levam as pessoas aos hospitais são vômitos e diarreias, além de dores no corpo. As principais formas de tratamento são a alimentação leve e a hidratação com soro caseiro, soro hospitalar, água de coco e isotônicos hidroeletrolíticos, conforme relata a gerente de enfermagem do Hospital Monsenhor José Locks, em São João Batista, Cristiane de Souza.

“O vômito e a diarreia deixam a pessoa muito fraca. Sem a hidratação correta, poderia até acarretar em algo mais grave, mas não houve agravamento neste hospital”, esclarece.

O chefe de pronto-socorro adulto do Hospital Imigrantes, Rafael Pereira, afirma que os atendimentos em função das gastroenterites praticamente dobraram entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, principalmente na primeira semana do ano. “Minha percepção é de que já voltou a diminuir a quantidade de atendimentos nesta últimos. É quase exclusivamente sobre gastroenterite”, destaca.

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