Especialista alerta para risco de casos de dengue entre novembro e dezembro em Brusque e região

Números podem ser maiores do que os já registrados

Especialista alerta para risco de casos de dengue entre novembro e dezembro em Brusque e região

Números podem ser maiores do que os já registrados

Com a chegada do verão, moradores de Brusque e região devem ficar alertas para a presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Especialistas apontam que registro de casos podem ser antecipados para os meses de novembro e dezembro e que números podem ser até maiores do que os já registrados.

Somente neste ano, foram registrados 366.272 casos prováveis de dengue e 336 mortes associadas ao vírus. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive). Em número de focos, o estado confirmou 48.814 em 254 municípios, sendo 172 considerados infestados.

Com antecipação de casos prevista para os meses de novembro e dezembro, o pico deve ser registrado nos meses de janeiro e fevereiro.

O médico infectologista Ricardo Freitas, membro da Associação Brusquense de Medicina (ABM), explica que como houve um número grande de casos no ano passado, “esses ovinhos dos mosquitos acabam sendo inviáveis por um ano e eles estão eclodindo por agora. Imaginamos que o número de dengue pode ser tão grande ou até maior em relação ao ano passado”, diz.

Freitas lembra ainda que, durante os últimos anos, as autoridades buscaram conhecimento em outros estados do país para entender a complexidade de uma pandemia de dengue.

“Os municípios aqui da região, que já passaram por uma condição ruim de dengue no passado, têm um plano de contingência para atendimento pré-hospitalar de pessoas que necessitarem de hidratação ou de algum outro atendimento antes de ir até o hospital. Então, a população pode ter esse entendimento de que os municípios já estão preparados com o plano de contingência, inclusive com o pessoal treinado para o atendimento pré-hospitalar”, frisa.

O médico explica que, “apesar de ter algumas evoluções ruins e alguns casos de óbitos causados por dengue, ela não costuma deixar sequelas, a menos que aconteça alguma situação mais grave em relação à fígado ou rim. Normalmente, o desfecho seria um quadro clínico bom, infelizmente, tivemos alguns casos de óbito entre aquelas pessoas que não respondem bem à doença”.

Sintomas

Os sintomas da dengue são bastante comuns, iniciando com febre, dor no corpo e logo evolui para outros sinais frequentes. Segundo o infectologista, “se começar a apresentar alguma destas características, é fundamental procurar uma unidade de saúde, porque ainda não há tratamento específico para dengue”.
E completa ressaltando que a melhor forma de tratar a doença seria por meio da hidratação.

“A prevenção também inclui uma vacina contra a dengue mas, por enquanto, o medicamento é autorizado para adolescentes de dez a 14 anos de idade, considerados o público alvo preferencial para casos mais graves de dengue, conforme o Ministério da Saúde”.

Cuidados contra dengue

De acordo com o médico Ricardo Freitas, entre os cuidados necessários para evitar a dengue está o uso de repelente na maior parte do tempo que estiver exposto na rua ou com os braços e pernas descobertos, pois reduz a área de exposição ao mosquito.

Também é importante cuidar com as crianças, os menores de dois anos, principalmente, verificando a possibilidade de uso de algum tipo de repelente ou uso de algum outro material que possa ser utilizado para tentar eliminar mosquitos ao redor dela.

Dicas para eliminar os criadouros:

– Evite o acúmulo de água da chuva em recipientes como pneus, tampas de garrafas, latas e copos;
– Não acumule materiais descartáveis em terrenos baldios ou quintais;
– Mantenha piscinas tratadas com cloro ou esvazie-as completamente se não estiverem em uso;
– Limpe lagos e tanques ou crie peixes que se alimentem de larvas;
– Lave com escova e sabão os recipientes de água e comida de animais de estimação semanalmente;
– Coloque areia nos pratinhos de plantas e remova a água acumulada nas folhas duas vezes por semana;
– Mantenha lixeiras tampadas, evite o acúmulo de lixo e guarde pneus em locais secos e cobertos.

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