O atual presidente do Observatório Social de Brusque, Claudemir Marcolla, comenta sobre as ações da entidade e fala sobre desafios ao longo da história e as perspectivas para os próximos anos. Confira a entrevista.

Qual a essência do Observatório Social?

Marcolla: Costumo dizer que a essência do Observatório Social é despertar o “senso de pertencimento”, ou seja, instigar o cidadão a refletir que faz parte de um todo e que tudo o que acontece na política influencia a vida dele, e tudo o que ele faz influencia na política. Desta forma, criar cidadãos mais conscientes de seus deveres e direitos é a nossa missão.


De que forma a entidade, e suas ações, buscam contribuir com o desenvolvimento da comunidade?

Marcolla: Traduzir os dados públicos dos portais da transparência e levar informação sobre a aplicação dos recursos públicos, investir em educação cidadã e fiscal, monitorar obras e atuar ativamente no monitoramento das licitações, auxiliar o gestor público com sugestões e críticas e geralmente construtivas. Acreditamos que quanto mais o cidadão participa ativamente de uma sociedade, maior é seu desenvolvimento em prol de um coletivo e de uma sociedade mais justa e perfeita.


A pandemia da Covid-19 traz desafios para a atuação do Observatório Social? 

Marcolla: Nossas atividades de educação, num programa voltado para a cidadania, se transformaram em lives e nossa equipe passou a trocar a frente de uma sala de aula por telas de celulares e computadores. Tudo foi muito rápido e logo nos adaptamos. Porém, foi positivo demais, visto que alcançamos muito mais que as crianças, alcançamos famílias inteiras, falamos de cidadania, valores éticos e morais e ensinamentos positivos. Um conteúdo lúdico, mas que inicia uma transformação social incalculável. Em resumo, começamos a sair do “analógico” e iniciamos um pensamento “digital”, tanto nas ações de educação quanto nos monitoramentos de licitações e obras.


Quais os planos e objetivos para os próximos anos da história do Observatório?

Marcolla: Queremos continuar unindo boas pessoas para um propósito maior, coletivo, social e integrador; continuar incentivando nosso empresariado a participar das licitações de nossas cidades; continuar interagindo com crianças e jovens por intermédio dos nossos programas de educação cidadã e fiscal; continuar combatendo e prevenindo a corrupção e fomentar a transparência pública; continuar dialogando com os agentes públicos, sempre respeitando seus posicionamentos e pensamentos; e continuar e aperfeiçoar o monitoramento de obras públicas. Se aproximar ainda mais das entidades fundadoras para construirmos juntos uma sociedade melhor e estar mais presente nas redes sociais para levar nossas ações à comunidade.


O que o Observatório Social representa para você?

Marcolla: Uma escola da vida. Me tornei um líder melhor, num espaço onde todos são extremamente críticos mas que nunca houve sequer um desentendimento. Aqui aprendi a sempre ver a esperança, mesmo quando ninguém mais a vê. Acreditamos que a política pode dar certo, mas somente quando todos participarem sem interesses individuais, respeitarem a coletividade e assumirem que sozinho não somos ninguém, e para isso, trabalharemos incansavelmente. O Observatório representa a construção social, onde todos somos uma pedra fundamental de uma sociedade, e para que esta construção seja firme, temos que nos ajustar, aparar nossas arestas e unir em prol de um propósito: o bem estar coletivo.


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