O projeto Brusque 2030 contempla diversas áreas da cidade com o objetivo de planejar e construir para o futuro. Um dos eixos abordados pela prefeitura no planejamento é a Brusque Sustentável.

A administração municipal acredita que é preciso planejar e reconhecer que os recursos naturais são finitos. O projeto diz que não há como avançar e crescer economicamente sem o desenvolvimento sustentável. A área de interesse desse eixo é o meio ambiente.

“Não é possível pensar em uma cidade em 2030 que não tenha a preocupação com as riquezas naturais. Temos que, de forma cautelosa, inserir esse plano dentro do nosso trabalho, pois as matérias primas, a água, tudo que é da natureza nós temos que ter um cuidado muito grande para que não se acabe”, pontua o secretário de Fazenda e Gestão Estratégica de Brusque, William Molina.

O secretário destaca que o projeto ainda não foi finalizado e, portanto, pode passar por alterações.

Ações para o meio ambiente

No projeto, a prefeitura pretende implementar o Plano Diretor, pois é através dele que será possível consolidar áreas que serão para comércio, indústria, moradia e loteamento. Outra intenção do projeto é favorecer as empresas que utilizam de novas tecnologias para a redução do consumo de energia por meio da energia solar, entre outras.

“Nós temos um projeto muito bacana com a Alemanha, com o distrito de Karlsruhe, que se chama 50 parcerias municipais pelo clima que na verdade muitas pessoas tem o entendimento errado. Eles acham que a parceria vai trazer resultados prontos para nós, mas não é isso. A parceria tem como objetivo principal, realizar estudos científicos para que possamos encontrar formas de desenvolver a cidade, mantendo o equilíbrio com a natureza”, explica Molina.

Ele lembra da época de implantação dos postes chamados de estações inteligentes, onde a população questionava o funcionamento do equipamento. “Aquilo é um experimento, uma forma científica de buscar soluções, como o controle de umidade do ar, controle de chuva, de temperatura”. O secretário explica que por meio do controle de chuva será possível realizar um planejamento para cidade saber como reagir quando as chuvas fortes chegarem.

“Quando se fala em sustentabilidade, falamos da questão educacional. Promover dentro das escolas campanhas para conscientização das crianças, que serão os futuros gestores e empresários, no sentido de que eles entendam que a economia de papel é importante, o uso de plástico tem que ser eliminado. Ou seja, várias questões relacionadas a isso”, diz.

Projetos analisados para o saneamento do município

Segundo o secretário, outro grande problema em Brusque é a questão da coleta e tratamento do esgoto sanitário. Molina explica que o tema reduz a posição do município no Ranking de Competitividade.

“Hoje nós temos 0% de esgoto sanitário tratado na cidade. Quando falamos no saneamento, essa é a principal questão, como vamos reduzir isso até 2030. Nós temos algumas propostas que vão gradativamente levando a uma solução”, destaca.

O prefeito de Brusque, Ari Vequi explica que ao falar de esgoto doméstico “nos próximos 20 anos nós teríamos que investir na ordem de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões para fazer todo esgoto doméstico da cidade”.

Vequi comenta que nem a prefeitura ou o Samae têm condições de fazer a obra no momento. No entanto, ele diz que é preciso buscar parceria com a iniciativa privada. “Está difícil. Já tentamos de várias formas, não só essa administração municipal, como outras também tentaram”.

O prefeito explica que a cidade já tem quase 100% da água tratada, mas ainda falta o tratamento do esgoto doméstico. Ele comenta que essa questão pode atrapalhar empréstimos futuros, caso não seja solucionado.

“Terá que ser feito, nosso melhor exemplo hoje é Balneário Camboriú que tem quase 100% do esgoto doméstico tratado. Quando analisamos o nosso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) esse índice é zero. Podemos ir bem na educação, na saúde, na segurança pública, mas esse zero na divisão nos leva a uma média menor”.

Outras questões analisadas pela prefeitura são a falta de água, que é um problema que a cidade enfrenta periodicamente. O secretário pontua que somente com a finalização da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Cristalina que “a cidade terá capacidade de fornecer água para todo município por mais 50 anos. Essa é uma grande proposta que já está em execução, mas é importante colocar no projeto, uma vez que deve ser finalizada daqui três ou cinco anos”.

Foto: Bruno Almeida/Especial


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