Dentro do projeto Brusque 2030, cujo objetivo é construir uma cidade planejada para o futuro, a prefeitura dividiu cinco eixos que compreendem 12 áreas do município. O segundo deles é Brusque Inovadora e do Empreendedorismo, que tem a intenção de promover o crescimento econômico, gerar mais empregos e renda para população. As áreas envolvidas neste eixo são o Desenvolvimento Econômico e o Turismo.
O secretário de Fazenda e Gestão Estratégica de Brusque, William Molina, explica que a intenção da prefeitura é tornar eficaz as pessoas que tenham conhecimento – providas de capacidade tecnológica, para promoverem a inovação e o empreendedorismo.
Ele salienta que Brusque, por natureza, se consagrou como uma cidade empreendedora. “Em Brusque, a cada dia nós vemos uma nova empresa, um novo comércio, pois o cidadão brusquense, desde jovem, tem isso no sangue, na capacidade de buscar o novo e melhorar o que é feito. A inovação não é só criar o novo, mas melhorar o que é feito, fazer de forma mais eficiente, produtiva e rentável”, destaca.
O secretário destaca que o projeto ainda não foi finalizado e, portanto, pode passar por alterações.
Ações para o turismo no município
A principal meta da prefeitura para o turismo é fazer com que seja implantado o Plano Municipal de Turismo (PMT), que foi desenvolvido em parceria com o Sebrae-SC.
“Esse plano foi muito bem pensado durante três anos, engloba todas as ações de turismo que são possíveis e imagináveis no nosso município com um retorno fantástico. Para isso, precisamos incentivar as ações voltadas ao turismo, temos que retomar o calendário de eventos que foi muito prejudicado nos dois últimos anos por causa da pandemia”, salienta.
O secretário diz que após o retorno do calendário será possível Brusque celebrar as datas comemorativas, como o aniversário da cidade com o desfile, que já teve duas edições canceladas desde 2020.
Outra meta elaborada pela administração é conceder para a iniciativa privada espaços públicos para que consigam explorar. “Nós temos a Cachoeira do Merico que é um espaço lindo e maravilhoso que está lá abandonado. A prefeitura não tem capacidade de ir lá instalar um restaurante ou lanchonete que possa dar conforto ao visitante”, exemplifica o secretário.
Segundo ele, a intenção é fazer uma parceria com alguma empresa que tenha interesse, a prefeitura cederá o espaço por meio de concessão, e a empresa ficará responsável por cuidar do espaço e dos visitantes.
Além disso, outros projetos são a melhor gestão dos Parques das Esculturas e Zoobotânico. “Hoje são espaços consolidados, mas que acabam só dando despesas ao município e não trazem recursos. Enquanto que em outras cidades, como no Rio de Janeiro, ou fora do país, qualquer lugar que você vai visitar você paga. Aqui é de graça, e para manter é a prefeitura que tem que bancar”, diz.
O secretário afirma que não será a cobrança de ingresso que vai atrair o turista, mas a possibilidade de trazer melhorias aos espaços. “Eu penso que quando você visita um local de graça, a tua forma de pensar é uma. Quando precisa pagar R$ 5, você dá um valor maior, pois é o seu dinheiro que você está pagando para entrar no lugar”, pontua.
Outras intenções da prefeitura que constam no projeto são inventar ações voltadas ao turismo sustentável; criar o Centro de Atendimento ao Turista (CAT); além de implantar sinalização turística em pontos estratégicos.
Metas para o desenvolvimento econômico de Brusque
Molina afirma que é imprescindível a prefeitura, também, executar o Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal (Pedem). Segundo ele, através disso será possível alcançar o primeiro objetivo do projeto, que é transformar o planejamento estratégico em algo palpável e executável.
Ele recorda que o Pedem é dividido em cinco eixos programáticos: indústria têxtil, indústria da confecção, eletro-metalmecânica, educação, tecnologia e inovação, e construção civil. “Esses eixos são as molas propulsoras da nossa economia. Se tivermos isso contemplado com todo potencial empreendedor e capacidade inovadora que nós temos, obviamente que teremos um cenário muito mais favorável”.
O secretário afirma que através do Plano Diretor é preciso consolidar as áreas da cidade em o que é área industrial; o que Brusque tem de espaço físico para oferecer para empresas e novos empreendedores; cuidar para que as empresas estejam relacionadas, além da questão do desenvolvimento, com a sustentabilidade para não depredar o rio ou o meio-ambiente.
“Nós falamos de inovação, então temos que dar atenção ao Centro de Inovação construído em Brusque”, diz. Segundo ele, apesar do projeto e do prédio pertencerem ao governo do estado, cabe a prefeitura um espaço para manutenção, incentivo e fazer com que o espaço cumpra o objetivo.
Ele explica que o projeto traz a Lei de Inovação, proposta pelo vereador André Vechi (DC). “É uma lei muito interessante e que permite ao município, através de recursos próprios, fazer alguns aportes financeiros, como, por exemplo, na realização de eventos – que o Centro de Inovação fará, e na manutenção de projetos que podem abarcar. Essa lei está proposta e vamos estudar para encaminhar à Câmara de Vereadores”, salienta.
Outro projeto que consta no eixo é a criação do Distrito Tecnológico de Brusque, cuja proposta estipula a criação ao redor do Centro de Inovação um espaço onde empresas que queiram se instalar tenham algum benefício em relação a pagamento de impostos ou taxas menores para poder desenvolver a questão da tecnologia quanto a inovação.
Além disso, outras propostas analisadas pela prefeitura são fomentar a utilização de tecnologia na aprendizagem nas escolas municipais; realizar a concessão de equipamentos públicos subutilizados para iniciativa privada; e criar canal digital integrado e ágil entre Brusque, cartórios e registros.
Foto: Bruno Almeida/Especial
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