Perfil

Celso Carlos Emydio da Silva (DEM)

65 anos, natural de Brusque

Médico

674
Votos


Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?

Concorremos na majoritária contra eles e ficamos em segundo lugar. Não seremos oposição sistemática ao governo, mas também não seremos da base. Vamos apoiar tudo que seja de bom para a cidade. Esta é uma atitude madura, inteligente e a nossa postura inicialmente é essa.

Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?

Com relação à redução de salários do poder Legislativo de Brusque, a Câmara sempre foi muito austera do ponto de vista de controle de gastos, manter equilíbrio econômico e financeiro, o volume de recursos que a Câmara tem por ano usa-se 50%. Não tenho opinião formada sobre isso, mas se houver necessidade absoluta, não podemos estar à margem do país. Acho que se houver a necessidade disso, a Câmara vai entender e vai votar favorável.

Avalia como boa ou ruim a escolha de Jonas Paegle como prefeito pela população?

Jonas é médico, colega de profissão. As intenções dele são as melhores possíveis para o município, é um médico muito querido. Ele tem um conceito muito positivo com relação à atividade clínica, foi vereador atuante e sempre posicionou-se a favor da cidade e como condutor da execução do orçamento do município e das necessidades da cidade, vai fazer um trabalho bom, espero que tenha um sucesso pleno pelo bem de nós todos.

É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?

O vereador é eleito para cumprir o mandato de vereador, mas dentro da estrutura política, a participação partidária muitas vezes depende do conjunto que se forma. Dentro do partido, muitas vezes há a necessidade que se abra espaço para outras pessoas que ajudaram na eleição, acredito que se tem conhecimento técnico da pasta que vai ocupar, eu não vejo óbice.

É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014?

Temos que ter cuidado, temos a maior carga tributária do mundo, a despeito daquele sistema, nós achamos na época que devíamos ter lombadas sinalizadas, não pegadinhas. Achamos que era mais um tipo de receita que se implantaria no município do que ação educativa. A Câmara atuou de forma consciente porque seria uma forma de arrumar recurso para o município.

Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?

A CPI é um instrumento de investigação muito sério. Quando se chega a uma CPI é por um motivo muito grave, acho que não é por palanque político, mas de natureza apuratória e, se necessário, tem que haver punição.

O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?

Sem dúvida, a orientação partidária é um elemento importante e acredito que o partido quando toma decisão de fechar sobre determinada matéria, temos que garantir o voto. A discussão pra mim não é na hora de votar, é antes. Se na discussão partidária eu não tiver convicção daquilo que eu vou votar, ou tiver contra, o partido vai saber e aí lá eu votarei contra.

Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereador pode contribuir para solucionar?

Pior problema do município e do Brasil é financeiro. O Brasil sofre um caos político e financeiro, e o financeiro é fundamental. O orçamento é o que dita a forma de gastar, e o sistema arrecadatório, a União fica com 60% dos arrecadados, e muito pouco fica com o município. O segundo problema, é o orçamento para este ano, áreas como a saúde, vamos ter R$ 4 milhões a menos, já estamos com uma dificuldade enorme, imagine como será com dinheiro a menos.

Terá alguma bandeira durante a legislatura?

Bandeira da cidade, tudo que for de melhor para a cidade. Em especial, as políticas sociais, se criou uma série de condições para melhorar a vida das pessoas, notamos que a saúde e educação melhoraram os indicadores, mas os indicadores sociais e segurança pública está desastrosa.

Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?

Reclamação sobre saúde é enorme. Vamos ter que criar mecanismos para executar ações que sejam mais produtivas e beneficiem a população.

Qual foi o maior erro da legislatura passada que esta não pode repetir?

Não é um grande erro, mas teve um projeto relacionado à incorporação de um adicional ao salário de alguns servidores. Foi um projeto do executivo que entrou em caráter de urgência e nós acabamos votando. Na época eu votei a favor, sei que houve questionamentos na justiça, esse projeto deveria ter sido discutido mais.