Perfil

Paulo Rodrigo Sestrem (PRP)

35 anos, natural de Brusque

Servidor público municipal

1250 votos


Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?

“Eu vou ser da base da população. Independente do partido que venceu a eleição, tudo que passar pela minha votação, sendo projeto bom para cidade, vou votar a favor, se eu entender que não é do bem coletivo, o meu voto vai ser contra, mas embasado”.

Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?

“Pelo que eu fiz um levantamento, o salário do vereador está congelado há algum tempo, está tendo só a inflação do período. Pela responsabilidade que tem e deve ter, eu acho que é importante o vereador receber o salário, como está congelado a três legislaturas, acho que é o justo”.

Avalia como boa ou ruim a escolha de Jonas Paegle como prefeito pela população?

“A população define o que acha melhor para a cidade, temos que dar uma chance para o prefeito eleito. Não vou ser um vereador covarde, não vou sair encontrando defeitos, vou querer um canal aberto ao governo, onde eu possa levar a realidade. O vereador tem esse papel de ligação da comunidade com o Executivo”.

É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?

“Eu, particularmente, sou contra. Na campanha você pede voto pra vereador, não pede voto para ser secretário. A pessoa pode falar que foi convidado pelo prefeito e não pode recusar, mas para mim, é mais importante os votos que elegeu esse vereador do que o convite do prefeito. A minha grande preocupação, e que já aconteceu em outras legislaturas, é que a partir do momento que eu levo esse vereador para dentro do meu governo, eu praticamente amarrei ele e o partido, e o suplente já entra amarrado. Dificilmente você vê um suplente votar contra o governo, por isso, sou contra”.

É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014? 

“Eu entendo que isso não é competência do Legislativo. Hoje temos declarado, dentro da nossa cidade, aberto o excesso de velocidade, ou seja, o brusquense ou qualquer cidadão pode vir na Beira Rio e andar a 120km/h, ou em frente à prefeitura ou à Câmara e não tem um agente de trânsito ou policial militar que possa notificar porque a Câmara de Vereadores criou um projeto que só permite a prefeitura contratar lombada eletrônica. Há estudos que dizem que a lombada só coibe a velocidade naquele ponto, tem o mesmo efeito de uma lombada física, logo depois, o problema volta a acontecer. No momento, faltou sabedoria e vontade dos vereadores em verificar o que os órgãos de segurança
pública queriam”.

Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?

“Claro que se for situação grave, é dever do vereador levar isso à frente. Dependendo da situação, sim, não posso precisar com total ênfase, se serei a favor ou contra. Vai depender do caso”.

O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?

“Os dois são muito importantes. Quando houver um projeto polêmico, penso, sim, em conversar com o partido, mas sem sombra de dúvida, a decisão vai ser pessoal”.

Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereador pode contribuir para solucionar?

“Sou da área de mobilidade urbana, é uma área importante, mas sem sombra de dúvidas, a nossa educação no município evoluiu muito e vou atuar também, a saúde sempre é um buraco sem fim. Tivemos um momento na saúde que as coisas estavam funcionando, e infelizmente com essa catástrofe política que se abateu na cidade, nenhum dos serviços melhorou, pelo contrário, só piorou. Retardamos o crescimento em dois, três anos, e isso é um desafio para este governo”.

Terá alguma bandeira durante a legislatura?

“Minha bandeira será ser vereador de verdade. Estou me preparando para ser vereador em tempo integral. Não tenho uma bandeira específica. A minha bandeira vai ser trabalho. Vou trazer nos meus discursos o que verei na rua”.

Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?

“Sem dúvida, foi a saúde, falta de remédios. A falta de vagas em creche e também a questão do vereador ausente, que fica difícil da população conversar depois de eleito”.

Qual foi o maior erro da legislatura passada que a próxima não pode repetir?

“Além do caso dos radares, que eu acho que faltou os vereadores escutarem o que os órgãos de segurança queriam, houve também o aumento dos salários de um grupo de servidores, que foi uma porcentagem muito grande perto dos outros servidores. Acho que a Câmara não estudou com propriedade aquele reajuste”.