PP aciona Justiça Eleitoral e tenta registrar candidatura em Botuverá

Pedido de registro de candidatura foi publicado na manhã deste sábado

PP aciona Justiça Eleitoral e tenta registrar candidatura em Botuverá

Pedido de registro de candidatura foi publicado na manhã deste sábado

O partido Progressistas (PP) entregou na manhã deste sábado, 17, à Justiça Eleitoral o pedido de registro de candidatura da coligação PP e PSD para candidatura à Prefeitura de Botuverá. Os nomes anunciados pelo partido são do atual vereador Victor Jose Wietcowky, como candidato a prefeito, e Kaioran Paloschi Paulini, como vice. 

Segundo a nota encaminhada ao jornal O Município, o PP entende que a legislação prevê o prazo de 48 horas a partir do edital dos candidatos registrados pelos partidos para os candidatos pedirem o registro individual. “Tivemos que fazer uma convenção extraordinária para definir os novos nomes e fizemos o pedido individual. Então ainda está dentro do prazo”, relatou o partido. 

O protocolo com o registro da candidatura mantém a coligação com o PSD, chamada “Renovação e Hora da Mudança”. “Acreditamos na democracia, e faremos tudo que estiver a nosso alcance para que ela possa ser exercida em sua plenitude no município de Botuverá”, finaliza a nota. 

Mudança de última hora

Um imprevisto pode ter mudado o rumo das eleições de outubro em Botuverá. O pré-candidato a prefeito pelo PP, Alex Tachini, desistiu da disputa após a desistência do vice na chapa, César Dalcegio (PP). A oposição à gestão do MDB do município alega que a desistência ocorre após o vice ter sido ameaçado.

O candidato desistente, Alex Tachini, confirmou ao jornal O Município que um dos critérios para disputar as eleições era ter Dalcegio como vice e, sem ele, optou por não concorrer.

Em carta destinada ao presidente do diretório municipal do PP em Botuverá, Alex escreveu: “Diante da desistência do candidato a vice-prefeito, venho desistir da candidatura do cargo de prefeito, conforme aprovado em convenção do partido realizada no dia 5 de agosto”.

Especialista explica

O advogado especialista em direito eleitoral Luiz Magno Bastos Júnior explicou o que acontece no município com a candidatura única de Nene. Na prática, o candidato precisará de um único voto para se eleger prefeito.

De acordo com Luiz Magno, para que a substituição da candidatura fosse possível, seria necessário ao menos que houvesse o registro pelo partido junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Passado o prazo, nenhuma candidatura do PP constava na plataforma Divulgacand, do TSE.

Leia também: Um voto elege prefeito? Especialista explica o que acontece em Botuverá após candidatura única de Nene

“Para que seja possível o direito à substituição após desistência, deveria ter sido feito pelo menos o registro. O prazo terminou nesta quinta-feira, às 17h. Tecnicamente, para majoritária, o partido precisa requerer a inscrição. Se o partido não se inscreve, não irá concorrer”.

Como somente a candidatura de Nene (MDB) foi registrada junto ao TSE, ele é candidato único. A coligação Botuverá no Rumo Certo é formada por MDB e PL. O companheiro de chapa de Nene é Alesc Venzon (PL), candidato a vice-prefeito.

Ameaças a candidato

A reportagem tentou contato com César Dalcegio, alvo das ameaças relatadas pela oposição, mas ele não atendeu às ligações. Luiz Magno afirma que é possível que haja uma apuração sobre possíveis indícios de crime eleitoral para motivação da desistência.

“Precisam ser aferidas as razões da desistência, como crime eleitoral ou abuso de poder econômico ou político atrelado à desistência. Teria que ser investigado pelo Ministério Público. Isso poderia tumultuar as eleições”.

Em entrevista ao jornal O Município após a notícia de que seria candidato único, Nene celebrou a eventual vitória encaminhada e negou que as ameaças contra a oposição teriam partido do MDB. A sigla comanda Botuverá e Nene tem apoio da gestão do prefeito Alcir Merizio (MDB) na disputa.

O PP é o partido que abriga a oposição no município. Alex Tachini foi candidato à prefeitura nas eleições de 2020, e perdeu a disputa para Alcir Merizio. A última vez que o grupo opositor chefiou a gestão municipal foi em 2012, último ano de mandato do ex-prefeito Zenor Sgrott.

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