Supremo Tribunal Federal forma maioria e descriminaliza porte de maconha para uso pessoal no Brasil
Ministros ainda devem definir quantia necessária para diferenciar usuário de traficante
Ministros ainda devem definir quantia necessária para diferenciar usuário de traficante
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou a favor da descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Com isso, a Corte formou maioria de 8 votos a 3 pela descriminalização.
O julgamento do caso foi retomado na tarde desta terça-feira, 25. Na quarta-feira, 26, será definida a quantia necessária para diferenciar usuário de traficante.
Importante mencionar que a decisão não condiz que está liberando o consumo da maconha. O uso de drogas, mesmo que de forma individual, será conduzido como ato ilícito e não como um caso penal.
Na sessão anterior, na semana passada, Toffoli afirmou que seu voto era uma terceira via. Nesta terça-feira, o ministro esclareceu que sua manifestação faz parte da maioria dos votos proferidos.
No início da sessão desta terça-feira, ele reafirmou posicionamento pela constitucionalidade da Lei de Drogas, norma que deixou de prever a pena de prisão, mas manteve penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo.
Para Toffoli, a lei não tem natureza penal desde sua edição, em 2006. Segundo o ministro, uma lei de 1976 previa a criminalização e foi superada pela Lei de Drogas.
“Nenhum usuário de nenhuma droga pode ser criminalizado. O objetivo da lei de 2006 foi descriminalizar todos os usuários de drogas”, afirmou.
O ministro também defendeu que o Congresso e órgãos do Executivo, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os ministérios da Justiça e Segurança Pública; da Educação; e do Trabalho e Emprego, estabeleçam, no prazo de 18 meses, políticas públicas para definir uma quantidade de maconha para diferenciar usuários e traficantes, além da produção de campanhas educativas sobre os malefícios sobre o uso de drogas.
A sessão seguiu com os votos de Luiz Fux, contra, e de Cármen Lúcia, que votou a favor da maioria.
Com informações de Agência Brasil
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