Prestes a ser inaugurada, a terceira subestação da Celesc, localizada no bairro São Pedro, é o símbolo concreto da pressão do associativismo dos empresários de Brusque, Guabiruba e Botuverá.

De acordo com a Celesc, a implantação da terceira subestação aumentará a capacidade de energia da região em cerca de 25%. Atualmente, as duas subestações de Brusque possuem, juntas, 172 mega-volt-amperes (MVA). Rio Branco tem 80 MVA e Bateas, 92. Com a construção da terceira, que terá 40 MVA, a potência aumenta para 212 MVA.

A inauguração estava prevista para o dia 24 de setembro, inclusive, com a presença do governador de Santa Catarina, Carlos Moisés. Entretanto, o ato foi adiado sem nova data marcada. O presidente da Acibr cobra que a estrutura entre em funcionamento o quanto antes, pois beneficiará todos.

Habitzreuter diz que existe a necessidade de mais energia para a região. Os empresários das três cidades reclamam de problemas devido à falta de capacidade de fornecimento.

“A demanda que chega é que o empresário quer aumentar a empresa, mas não dá porque a Celesc não autoriza aumento de demanda. Mas como que nós queremos produzir mais, gerar riqueza e não podemos? Imagina quanto já perdemos em empregos, riquezas e distribuição de renda na sociedade nesses anos”, declara o presidente da Acibr.

Ele avalia que o município só não está numa situação pior porque as grandes indústrias centenárias – Renaux, Schlösser e Buettner – fecharam. Atualmente, Brusque é a sexta cidade mais consumidora de energia do tipo industrial de Santa Catarina, segundo a Celesc.

Reunião da comitiva da Acibr com o então presidente da Celesc, Cleverson Siewert, em 8 dezembro de 2017 | Foto: Acibr/Divulgação

Luta antiga

A Acibr sempre teve papel destacado na questão energética. Nos anos 1960, a associação também cobrou o aumento da disponibilidade para Brusque, que recebia novas empresas.

A entidade reivindicou a segunda subestação na década de 1990. Depois, a Acibr assumiu a dianteira na cobrança pela terceira subestação.

A terceira unidade é uma necessidade que tem sido abordada há mais de 15 anos, lembra Halisson Habitzreuter. A Acibr tem essa reivindicação com a Celesc desde a gestão de Ingo Fischer, que a presidiu entre 2001 e 2005.

A diretoria da associação empresarial fez pressão de diversas formas para que a subestação saísse do papel. A entidade se articulou por meio de ofícios com as câmaras de vereadores e prefeituras da região.

A Acibr também realizou missões até a capital para acompanhar o andamento da solicitação. Por exemplo, em dezembro de 2017, a associação se reuniu com a presidência da Celesc, junto com o vice-prefeito de Brusque, Ari Vequi, prefeito de Botuverá, José Luiz Colombi, o Nene, e outras pessoas.