Good Times completa 25 anos agitando Brusque e mantendo a tradição das músicas dos anos 1970 e 80
DJ Loka e Tita são os organizadores do evento desde a primeira edição
DJ Loka e Tita são os organizadores do evento desde a primeira edição
A Good Times, um projeto pessoal do casal DJ Loka e Tita, carrega uma história de nostalgia, sendo um evento praticamente imperdível na cidade para quem gosta dos hits dos anos 1970, 80 e 90, e atraindo tanto os que viveram essas épocas quanto as novas gerações.
A tradicional festa de Brusque com músicas dos anos 1970, 80 e 90, completa 25 anos em 2025. A próxima edição já está marcada para 11 de abril, na Sociedade Beneficente, e vai reunir mais uma vez muitos fãs de boa música.
Quem está por trás do sucesso da festa é o casal Carlos Alberto Teixeira e Osnita Kuneski Teixeira, bem mais conhecidos como DJ Loka e Tita.
A Good Times não surgiu com o nome que a consagrou. Nos primeiros anos, era a festa “Recordando os anos 80”. As primeiras edições aconteceram na Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), onde atualmente funciona o Schmitt Buffet e Eventos.
A ideia da festa surgiu através de Tita. Ela era diretora da EEF Oscar Maluche e, anualmente, os professores se reuniam para uma excursão. Em 2000, porém, a “grana estava curta” e ela teve uma ideia para levantar o dinheiro.
Tita, então, conversou com o marido Loka, que por anos tocou “flashback” na danceteria Samuray e em outros estabelecimentos e eventos em Brusque, e o convenceu a tocar na festa. Ele aceitou e, desde então, a Good Times só cresceu.
“O Loka estava fazendo festas particulares e eu fiz a proposta para ele fazer essa festa dos anos 1980. Contratamos ele e os professores venderam os ingressos. Colocamos 150 pessoas na primeira festa. Já no segundo ano, como os professores estavam com dificuldades para vencer as entradas, fizemos a festa aberta para o público geral”, lembra Tita.
A festa ficou grande para o espaço e, desde então, passou por vários locais. Em 2003, foi para o Clube de Caça e Tiro, onde os organizadores chegaram a colocar mais de 1,2 mil pessoas.
Depois, foi realizado na Grau Casa de Eventos, que ficava na rua do Centenário – em uma das edições no local, as portas precisaram ser fechadas porque o local já estava lotado –, no clube Paysandu e, desde 2013, na Sociedade Beneficente, onde é realizada até hoje, em parceria com o restaurante Schmitt.
Desde as primeiras edições, Loka foi o responsável pelas músicas, primeiramente ao lado de Demian Moritz e de Almir Feller, o Zinho, que faleceu em 2019 e foi o responsável pela ideia de nomear a festa “Good Times”. Até 2012, apenas DJs tocavam no evento, até que a banda Dick Vigarista. Desde então, a organização sempre contrata artistas para cantarem e animarem a festa.
“Essa foi muito marcante. Foi um divisor de águas. Coloquei a banda para testarmos e deu muito certo, continua até hoje”, conta Loka.
Loka acredita que o sucesso da festa tem a ver com a ligação que o público tem com a música que toca na Good Times. “As pessoas pedem para a gente manter a festa. No final de uma festa, o público já pergunta quando vai ser a próxima. É muito gratificante Quando acaba uma, nós já decidimos quando vai ser a próxima e já buscamos a banda”. Ele também destaca que a festa é marcada pela tranquilidade: nunca uma briga foi registrada.
O “trenzinho”, que surge espontaneamente durante as festas, é outra marca da Good Times, e Loka destaca que a empolgação das pessoas acaba sendo uma grande recompensa para o esforço.
“É muito bom estar no palco tocando as músicas e ver o público dançar, curtir e cantar junto. É um sentimento inexplicável e muito gratificante”.
Tita conta que, aos poucos, o público da Good Times está mudando, mas que a maioria dos frequentadores é quase fixa.
“Começou com pessoas mais velhas, mas mudou o perfil de público, hoje vejo que o público de 30 e 40 anos, majoritariamente. Temos uma lista de clientes muito grande. Eles dizem que não tem lugar em Brusque com esse estilo. Quando lançamos a festa, mandamos as datas para eles e eles praticamente já loteiam o evento. Sempre tem renovação de pessoas, mas também muitas pessoas que sempre fazem questão de participar”.
Atualmente, praticamente é a família que organiza a festa – em parceria com o restaurante Schmitt, responsável pelas mesas, bebidas e alimentação. Loka, Tita e as filhas, Mariana e Thaís Gabriele, além do filho Matheus trabalham nos eventos.
Em 25 anos, a tecnologia mudou, mas até hoje Loka faz questão de ter o ingresso impresso para manter uma espécie de tradição.
Apesar de incluir músicas dos anos 1990 e 2000, Loka, que é o responsável pela playlist da festa, também sempre se assegura de manter os sucessos mais antigos.
“Abba, Bee Gees e algumas outras não podem faltar, tem que tocar sempre. Nesse ano, vou tocar muitas músicas dos anos 1990 e também dos anos 2000. Como o público já está mudando, eu mantenho as músicas dos anos 1970 e 1980, mas vamos atualizando um pouco”. Ele ainda realiza uma análise das músicas que as bandas vão tocar para manter a proposta da festa.
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