A bela Brusque no início dos anos 1960, com suas ruas calmas e paisagem que passa a impressão de tranquilidade. No canto esquerdo da imagem, uma das curvas originais do rio Itajaí-Mirim, antes da obra de retificação de seu leito. Hoje, nas proximidades, temos uma das filiais do supermercado Archer, próximo ao terminal urbano.
Vista parcial da rodovia Antônio Heil, já no Centro de Brusque. Em destaque, o antigo prédio da loja Havan, que hoje dá lugar ao Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). A Havan funcionou neste prédio até 1994 quando inaugurou sua mega loja do outro lado da rua. A partir de então, esta área do Centro de Brusque se desenvolveu até se tornar uma das mais movimentadas da cidade, com uma variedade de comércios que atraem turistas de várias regiões do Brasil. Ao fundo, a construção da rodoviária em uma época em que este lado da cidade tinha poucos prédios.
A imagem dos anos 70 mostra, em parte, a rua Florianópolis, na região próxima da curva onde ficava o tradicional Bar Boa Parada (hoje, Malhas Boing). O Gordini estacionado no meio da estrada estreita e sem pavimentação, e a forma como os moradores se apresentam, nos indicam que aqueles foram tempos tranquilos. Por este caminho passavam, diariamente, pessoas vindas dos bairros Santa Cruz, Zantão, Ponta Russa, Águas Claras e Santa Luzia, em direção às fábricas, escolas, lojas, bancos e outras instituições localizadas “na cidade”, como era popularmente chamada a área central do município. Hoje, a via está asfaltada e tem grande fluxo de veículos, pois também é importante elo com as cidades do Vale do Rio Tijucas e com a capital do estado.
Construída no terreno doado pela Comunidade Evangélica Luterana após um pedido do Cônsul Carlos Renaux, a antiga maternidade de Brusque foi inaugurada em 1938. 79 anos depois, o prédio mantém as características originais, mas o seu terreno, outrora aberto, hoje abriga um estacionamento. A foto foi feita em 1946, quando a estrada ainda era estreita, de chão batido, e a maternidade, cercada por muito verde.
Um registro da rua Azambuja, no período de grande desenvolvimento econômico, não poderia faltar! Com dois quilômetros de extensão, a rua se tornou um dos símbolos de Brusque, devido aos comércios que foram surgindo na década de 1980. Com foco na pronta-entrega, as lojas e centros comerciais recebiam milhares de visitantes, já a partir da madrugada e diariamente. Há registros de que a rua Azambuja chegou a receber 100 ônibus de turistas em um único dia. Entretanto, assim como seu surgimento, a queda também foi rápida. Em 1994, os comerciantes não estavam preparados para a medida econômica do governo federal que gerou uma grande mudança no país: o Plano Real. Tempos depois, muitos comércios fecharam suas portas devido à falta de planejamento e aos calotes, dando início ao declínio da rua Azambuja. Hoje, poucas lojas ainda funcionam nos cerca de 30 centros comerciais presentes na rua. Alguns destes imóveis, inclusive, servem de moradia para migrantes que vêm para a cidade em busca de oportunidades.
Vista para a avenida Lauro Muller, no Centro 2. Destaque para a primeira versão da ponte Irineu Bornhausen, inaugurada em 1953 e um dos principais símbolos do desenvolvimento da cidade na época. Em 8 de agosto de 1980, a ponte desmoronou, foi reconstruída, e em 2004, deu lugar à atual ponte Irineu Bornhausen, mais conhecida como ponte estaiada, a primeira do Brasil construída em concreto branco. Na imagem, também é possível identificar a rodoviária Expresso Brusquense e, do outro lado, a sede do Sport Club Brusquense, primeiro clube de futebol da cidade, hoje Clube Atlético Carlos Renaux, inaugurada em 1940. Na enchente de 1984, o prédio foi destruído parcialmente e, logo depois, demolido.