Quando se pensa em lanche de rua, com certeza os brusquenses pensam em cachorro-quente. Em carrinhos, food trucks e trailers, é uma opção de lanche rápido e barato que caiu no gosto da cidade. Com o passar do tempo, os proprietários começaram a incrementar seus cardápios, oferecendo mais opções e outros tipos de lanche – porém, o mais pedido continua sendo o clássico cachorrão.
Há 22 anos no ramo, Marcos Melzi, proprietário do Cachorrão do Marquinhos, está há quatro anos com um food truck propriamente dito: um caminhão cujo baú foi adaptado, transformado numa cozinha com os equipamentos necessários para produção e venda dos cachorros-quentes, crepes e também do macarrão.
Melzi começou num carro menor e vendia apenas o cachorro-quente. “A gente vende muito bem em Brusque, acho que por ser um lanche rápido e que é feito na hora, sem usar nada pronto”, comenta.
A rapidez é o principal motivo pelo qual os vendedores de cachorrão acreditam que o lanche é tão popular entre os brusquenses. Francisco dos Santos, o Chicão, também vê o preço como um atrativo: “Financeiramente, é bem barato, além de ser uma coisa rápida e bem cultural já na nossa cidade”.
O Dogão do Chicão já existe há duas décadas, e atendia em frente às Casas Bahia, no Centro. Há cerca de três meses, devido à determinação da prefeitura, mudou-se para a praça da Cidadania. “O movimento na rua era mais frequente, agora precisamos ficar abertos o dia todo para ter o mesmo volume de venda”, diz o proprietário.
Para Gidrésio Capistrano, dono do Hot Dog Capistrano, a mudança para a praça afetou o movimento, mas “está melhorando”. Ele, que trabalha no ramo há cerca de dois anos, pretende investir mais no carro e no cardápio, que por enquanto inclui apenas cachorro-quente.
“Acho que o pessoal gosta muito por conta da qualidade, é feito e montado na hora, é rápido e não tem fila, não precisa ficar esperando. Sem contar que é barato”, diz Capistrano.
Ele conta que começou a vender lanches após sofrer um acidente de trabalho que o impossibilitou de continuar na empresa. Por curiosidade, decidiu começar a fazer lanches e acabou mudando de ramo. “Mas até aprender a fazer bem e acertar o sabor demora um pouco. Também o atendimento, que a gente vai pegando o jeito no dia a dia.”
Mais opções
Além do cachorro-quente, vários trailers de cachorrão têm também lanches e outras opções no cardápio. O Cachorrão do Marquinhos, por exemplo, faz pratos de macarrão que, segundo o proprietário, saem muito bem ao meio-dia.
Chicão possui opções de x-salada, que ele incorporou ao menu depois de muitos anos fazendo apenas cachorro-quente. “Eu comecei com uma caminhonete Towner, vendia só hot dog. Depois de bastante tempo, quando muitos carrinhos colocaram a opção do x, coloquei também.”
Porém, ele conta que o x-salada dá mais trabalho, pois a carne precisa ser frita, o que faz com que a produção do lanche seja mais demorada do que a do cachorro-quente. Para dar conta da produção e montagem, ele contratou um funcionário que ajuda no trabalho.
Mudança de local
Agora concentrados na praça da Cidadania, em frente ao Terminal Urbano, no Centro, os trailers e food trucks de Brusque sentiram o impacto que foi mudar-se dos pontos fixos na rua para a praça.
“Na rua vendia mais, aqui ainda está muito fraco”, comenta Melzi, do Cachorrão do Marquinhos, sobre o movimento do food truck na praça. “Mas dá para abrir de dia, não precisa ser só à noite”, pondera.
Segundo ele, ainda falta investimento por parte da prefeitura, como na iluminação da praça, por exemplo, para dar mais segurança às pessoas que passam pelo local.
Clique no seu prato preferido e aprecie!
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